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10 -Diferentes tipos de pregação
por: Padre
Antonio Rivero
Depois de vermos a figura do
pregador, vejamos agora os diferentes tipos de pregação sagrada.
Veremos os seguintes tipos de
pregação:
- Homilia.
- Palestra ou discurso explicativo.
- Palestra ou discurso persuasivo.
- Palestra ou discurso emotivo.
- Palestra ou discurso demonstrativo.
- Reflexão evangélica diante de Cristo Eucaristia.
- Meditação num dia de retiro espiritual.
- Pregação de exercícios espirituais.
- Pregações circunstanciais: batismo, casamento, exéquias, festa, brinde.
- Tema apologético.
- Panegírico.
- Congresso.
- Rádio.
- Televisão.
Para começar, digamos que em toda pregação deveríamos seguir este esquema:
Primeiro, uma introdução ou
exórdio. Isto é, um começo atraente, original, com alguma anedota,
estatística, um fato, um acontecimento, um evento… que capte a atenção dos
ouvintes, e sempre relacionado logicamente com a ideia ou tema que será
tratado.
Segundo, um desenvolvimento das
ideias. Temos que oferecer uma só ideia, para não causar uma
indigestão nos ouvintes com muitas ideias inconexas. Ideia desenvolvida em
dois ou três aspectos claros, lógicos e estruturados. Ideia expressa com
força, convicção, entusiasmo, originalidade, imaginação, vivacidade. Uma
imagem ou metáfora pode ajudar muito para explicar essa ideia que estamos
comentando. Usar uma linguagem concreta que toque a vida e o coração dos
ouvintes. Ser sempre positivo e motivador. Com uma citação de um Santo
Padre ou de um santo da Igreja, para dar peso a essa ideia.
E, finalmente, uma conclusão ou
peroração, que resume em poucas palavras o discurso e a pregação.
Terminemos invocando à Virgem Santíssima para que nos ajude na vivência desse
tema tratado.
E agora vamos começar com os tipos
de pregação.
HOMILIA
Finalidade da homilia: levar a mensagem bíblica da liturgia desse dia para a vida
dos ouvintes para que toque as suas vidas e se convertam, ou melhorem a sua
vida espiritual.
Como preparar uma homilia:
Parte-se dos textos bíblicos da
liturgia, tirando uma só ideia para os meus
ouvintes: por exemplo, a conversão, a esperança, a alegria, a oração, etc… Mas,
uma só ideia.
Depois essa ideia é
desenvolvida em dois ou três aspectos claros, lógicos e estruturados,
tirados dos textos bíblicos dessa missa. Também é bom que essa ideia esteja apoiada
em alguma citação dos Santos Padres que comentem essa ideia e que dará
peso à nossa homilia. Citar os Santos Padres é subir em ombros de gigantes.
Mais tarde, tentemos trazer
essa mensagem divina para a vida concreta dos ouvintes: vida familiar,
laboral, profissional, estudantil… O citar um fato da vida de um santo com
relação à essa ideia que estou comentando seria excelente, pois os santos nos
incentivam a viver essas verdades.
Tipos de homilias:
Está, primeiramente, a homilia
evangelizadora que desperta e incrementa a fé do ouvinte. Temos também
a homilia catequética, que aprofunda a fé à luz da história da
salvação nos diferentes períodos litúrgicos. E claro que também há homilias
proféticas que provocam uma resposta de conversão ao plano de Deus
desde os textos bíblicos. Está a homilia mistagógica que explica
esse sacramento que está sendo celebrado (confirmação, batismo, casamento,
unção dos enfermos, ordem sacerdotal, etc…) para que o valorizem e o amem mais
e melhor. E finalmente temos a homilia temática: quando o
sacerdote fica vários anos numa paróquia, pode aproveitar de segunda a sexta
para ter homilias temáticas. Foi o que fiz numa paróquia de Buenos Aires na
qual estive doze anos como vigário paroquial. Depois dos primeiros cinco anos
em que dava a homilia sobre a liturgia do dia, comecei a fazer homilias temáticas,
e tive muito resultado. Temas que duravam até meses: expliquei o credo, os
sacramentos, os mandamentos, a oração, a liturgia, Nossa Senhora, a Missa, o
terço, as virtudes, os vícios capitais, as obras de misericórdia, etc…
Ofereço-lhes este esquema de
uma possível homilia: o tema da liturgia de hoje é a conversão (só um
tema). (1) A conversão consiste, seguindo a primeira leitura lida, em abandonar
nossos ídolos, infidelidades e pecados (enumerar esses possíveis ídolos das
nossas vidas). (2) Essa conversão tem que passar pela cruz, como nos diz São
Paulo na segunda leitura (concretizar essa cruz na nossa vida). (3) E
finalmente, a conversão irá trazer alguns frutos maravilhosos na vida pessoal,
familiar, laboral, como nos fala o Evangelho (listar esses frutos). Santo
Agostinho resume este tema da conversão com esta frase ou com este fato de
vida.
fonte: ZENIT.ORG
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