Percorremos
exatos cinquenta dias do tempo Pascal e com a solene celebração de Pentecostes[1]
chegamos ao fim deste tempo e retornamos ao Tempo comum, ou seja, esta
solenidade marca simbolicamente o inicio da Igreja missionária que guiada pelo
Espírito Santo irá até os confins da terra levando a Palavra de Deus e
anunciando o Reino do Pai.
Pelo
grau de sua importância esta celebração deve ser precedida por uma vigília de
prece, acolhendo o dia em que o mistério pascal atinge sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja nascente. A sua origem está no Antigo
Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de
graças, portanto, uma festa agrária, nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros
frutos que a terra tinha produzido, mais tarde, tornou-se também a festa da
renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16). No Novo Testamento, o Pentecostes está
relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os
discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração
do Pentecostes judaico, de acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se
um ruído, “como se soprasse um vento
impetuoso”. “Línguas de fogo” pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram
repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.
Por esta
força (luz) a comunidade é revestida no Espírito de Deus para ser testemunha do ressuscitado, que a envia para anunciar a Boa notícia a todos os povos, línguas
e nações, com esta solenidade somos convidados a acolher o dom total do Espírito para sermos restaurados para o exercício da vocação, para a capacidade
do encontro, para o exercício do amor, da doação, da solidariedade e da
misericórdia. O papa Francisco em uma
homilia recente[2]
comentou que nos tempos passados a Igreja
vivia o drama da resistência ao Espírito “corações fechados, duros, tolos que resistem ao Espírito” .... e
que supostamente justificavam essa resistência a fidelidade a letra da lei,
hoje (continua o papa) a Igreja propõe o
oposto, “a Igreja ensina não resistir ao
Espírito, mas ser dócil a Ele deixando-o agir e ir adiante para construir a
Igreja; essa é a atitude do cristão”.
O
Papa também propõe que supliquemos a ação da terceira pessoa da trindade
com a oração que o sacerdote Eli sugere
ao jovem Samuel. “A oração para pedir
esta docilidade ao Espírito Santo e com esta docilidade levar avante a Igreja,
ser o instrumento do Espírito para que a Igreja possa prosseguir. ‘Fala, Senhor, que o teu servo escuta[3]’.
Rezemos assim, várias vezes por dia: quando temos uma dúvida, quando não
sabemos ou quando simplesmente quisermos rezar. E com esta oração pedimos a
graça da docilidade ao Espírito Santo”.
Celebremos
bem esta solenidade e confiemo-nos a ação do Espírito para que Ele opere em nós
(e por nós) a maravilhas divinas.
Sugestões
para dinamizar a Celebração:
- · Dar destaque ao círio pascal, fonte batismal, mesa da palavra e da eucaristia;
- · Se possível em um local adequado colocar um candelabro de sete velas (Menorah);
- · As pessoas que exercem funções e ministérios na comunidade podem compor a procissão de abertura;
- · Durante a sequencia se for oportuno todos da assembléia podem acender velas no círio e manterem acesas até o final da proclamação do Evangelho;
- · Após a homilia é bom fazer a bênção da água, em seguida a renovação das promessas batismais e por ultimo a asperssão.
- · No rito final dar destaque ao envio para a missão, utilizando a bênção solene para pentecostes (IGMR pag.
- · OBS: O círio Pascal ao final da celebração deve ser apagado e guardado indicando o final do tempo pascal.
Por: Diac.
Carlos Magno Ericeira
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