Em Destaque

Solenidade de Pentecostes, um convite a sermos dócil ao Espírito

P ercorremos exatos cinquenta dias do tempo Pascal e com a solene celebração de Pentecostes [1] chegamos ao fim deste tempo e ret...

FORMAÇÕES LITURGICAS

Formação Litúrgica  =   Tema:  MISSA parte por parte

Como prometemos aqui esta parte do conteúdo da formação sobre missa.
FORMAÇÃO LITÚRGICA = tema: A MISSA

 CONTEXTO HITÓRICO (Resumo)

A ÚLTIMA CEIA
O Início de tudo está na Ceia Pascal ou Última Ceia. A Eucaristia cristã é uma herança das refeições sagradas do judaísmo, os Evangelhos de Marcos (Mc 14,12-24), Mateus (Mt ,26, 17-28) e Lucas (Lc 22-20) que na sua essência são concordes entre si nos relatam o momento em que Jesus juntamente com os seus discípulos celebram a páscoa, a ultima semana de Jesus em Jerusalém foi bem pesada, por vários motivos; as atitudes e palavras de Jesus gerava conflitos entres as autoridades dos judeus e dos romanos e Jesus denunciava com firmeza as hipocrisias que acobertava a exploração sobre o povo (cf. Mc 12,38-40; Mc 11,15-19) e estes só esperavam um momento oportuno para prende-lo e matá-lo, por isso o seguiam tentando capturar alguma palavra ou gesto que lhe complicasse diante do poder romano, em meio a esta situação Jesus deseja festejar a Páscoa (a maior festa dos judeus, celebrada a noite para rememorar a libertação das mãos do faraó, a morte e o sangue do cordeiro aspergido sobre os portais das casas que simbolizou a libertação). Jesus utiliza este contexto para mostrar aos discípulos que Ele será o cordeiro da nova Páscoa, sua morte liberta a humanidade inteira de todo tipo de escravidão, na ultima ceia toda a tradição do Êxodo foi lembrada, todos comiam do mesmo pão, “Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo-o abençoado, parti-o e distribuindo-o aos discípulos disse: Tomai e comei, isto é o meu corpo”. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-o a eles dizendo: “Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança que é derramado por muitos para a remissão dos pecados. Eu vos digo: Não beberei mais deste fruto da vidreira até o dia em que convosco beberei o vinho novo no Reino do meu Pai”. (Mt 26, 26-29)
A morte de cruz era a mais humilhante que poderia haver, (Dt. 21,22-23) “...pois o que for suspenso é um maldito de Deus”, para a sociedade do tempo de Jesus morrer pendurado era maldição de Deus. Na ceia judaica o mesmo Pão e o mesmo cálice significa unidade, comunhão, o que pela nova aliança em Jesus significará único corpo e sangue (“amaldiçoado”), portanto, comer do pão e beber do mesmo cálice era participar de mesma morte e se colocar a serviço e ou responsável do mesmo projeto daquele que será sacrificado. Fazer memória significa tornar atual a grandeza do gesto de entregar-se aquela morte humilhante e desprezível, nos remota ao assassinato a morte violenta de um inocente, que tem um objetivo maior o de libertar de toda a escravidão das amarras do pecado e faz os seguidores comprometer-se de fazer o mesmo de deixar-se tirar pedaços de si em prol dos outros.

VINTE ANOS DEPOIS
Na primeira Carta dirigida a Corinto o apóstolo Paulo fala a respeito da chamada de Ceia do Senhor. (podemos dizer que a primeira denominação para que hoje chamamos de missa) A comunidade de Corinto teve início por volta dos anos 49 ou 50 d.C., daí utilizar estes relatos como referencia para clarear como era a “missa” vinte anos depois da Ultima Ceia, esta comunidade era constituída em cerca de dois terço de escravos, gente pobre que contrastava com a situação da minoria da cidade e suas riquezas. (c.f. I Coríntios 1,26)
A celebração da Ceia do Senhor acontecia no momento de uma refeição onde se preparavam coisas para comer, para beber e para a partilha de todos, aos poucos estes momentos foram perdendo seu sentido e esta refeição (por causa de um grupinho) se tornou momento de divisão, separação e discriminação, o que levou Paulo a fazer varias intervenções e exortações (c.f. 1 Cor.11,17-34). Esta carta é uma referencia de que vinte anos depois da ultima ceia a comunidade se manteve obediente as palavras do mestre, porém, já necessitava de esclarecimentos e exortações para se manter fiel ao que Ele havia ensinado, a ceia do Senhor deve celebrar, preparar e antecipar a segunda vinda de Cristo, a comunidade é o corpo do Senhor se nutre de manancial e se mantém fiel a sua palavra.

CINQUENTA ANOS DEPOIS
Para percebermos o contexto da celebração dos Cristãos a cinqüenta anos depois da ultima ceia vamos recorrer a Lucas, (discípulo de Paulo) que escreveu dois livros um dos evangelhos e os Atos dos Apóstolos e neste livros pode se perceber como era a Ceia do Senhor (“missa”) denominada por Lucas de “partir do pão”,.
Em At. Lucas se refere a três fundamentos da constituição da comunidade cristã: a) - A fé, alimentada pela palavra de Deus e pela oração; (cf.At.2,42-47) b) A partilha dos bens ou a vida comum (o exemplo); (cf.At.4,32-37) c) A atuação fora da comunidade. (Atos 5, 12-16) estes fundamentos são para nós um indicativo de constituição estrutural onde, o “partir do pão” mesmo realizado nas casas se constituía eucaristia em que os que crêem no Cristo vivo e ressuscitado alimentavam a fé na palavra e na oração e ao mesmo tempo faziam a comunhão de vida, convém ressaltar que neste tempo a perseguição aos cristãos ainda era forte e mesmo os adeptos ao cristianismo se mantinham assíduos as suas obrigações religiosas, era comum as visitas as sinagogas e lá a celebração semanal era constituída por duas leituras bíblicas: uma da Lei de Moisés (o Pentateuco) e outra dos profetas, com eles as primeiras comunidades aprenderam a celebrar e herdamos parte da estrutura da nossa celebração.
Nos relatos de Lucas (c.f.Lc24, 13-35) encontramos as duas grandes partes da missa (liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística), Neste escrito Jerusalém significa a comunidade, Emaús pode significar “povo, ou comunidade abandonada, desiludida, que deixam tudo e foge para longe”. Jesus se aproxima, indaga, questiona, quer ouvir e a luz da Bíblia (liturgia da Palavra) ilumina, abrasa o coração afastando a desilusão e o desânimo para assim animar e dar coragem, segue o curso do caminho mesmo que este se direcione no sentido contrário, e que as pessoas estejam cegas, se faz um com eles e no momento da refeição (liturgia eucarística) se revela e tira sua parte de pão e distribui para que cada um tire seu pedaço se faça um e assuma seu lugar e papel como participante, retornando em meios aos desafios e perigos para Jerusalém, para a comunidade, para a certeza de que Ele está vivo e permanece e caminha com a gente. Com os discípulos de Emaús enxergamos a grande importância que o “partir do pão” tem para as comunidades mesmo cinqüenta anos depois daquela noite, daquela Ceia.

SETENTA ANOS DEPOIS
Agora o Evangelho a nos iluminar será o de João, este evangelista não fala da instituição da Eucaristia na Última Ceia e sim de Jesus que amarra uma toalha à cintura, põe água numa bacia e vai lavar os pés dos discípulos, o mestre lava os pés dos discípulos. (c.f. Jo,13,1-17) nos outros evangelhos “Fazei isso em memória de mim!” aqui depois do lava pés ele diz: “Fazei do jeito que eu fiz!” uma alusão que quer dizer servi e daí a vida, amai uns a outros do jeito que eu amei. È de se questionar qual a intenção de João em relatar a ultima ceia pela ótica do lava pés e sem se referir ao ritual do “partir do pão”; Porque para ele e as comunidades para qual foram dirigidos seus escritos este aspecto da ultima ceia é mais importante?
Estamos a cerca de setenta anos depois da instituição da eucaristia e João nos apresenta o pão dos pobres que significa a totalidade, a perfeição,e aqui facilmente confundido pelos seguidores como tão somente alimento físico, para uma vida física somente neste mundo e não mas visto como alimento espiritual, suspeita-se que este seja um dos sentidos a ser resgatado para as comunidades desta época e daí o motivo pelo qual João é enfático sinalizando a dimensão do Cristo servidor que se entrega por nós. Em Jo 6,26-27 encontramos, “Em verdade, em verdade, vos digo: vos me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna”. Retomada estas palavras de Jesus, João esta chamando a atenção para o sentido autentico do “Fazei isto em minha memória” “Fazei do jeito que eu fiz!” e foi este gesto grandioso do mestre que serviu para trazer a vida para o mundo, o encontro da comunidade deve não deve servir só saciar as misérias físicas, o “partir do pão” (pão dos pobres), a eucaristia deve levar ao serviço, o esforço da comunidade era para buscar entender melhor o quer dizer comer, morder, mastigar, engolir, digerir, assimilar a carne de Jesus. Santo Inácio de Antioquia (20 anos depois desse evangelho) dizia: A gente pode dizer: carne é o Jesus cansado, suado, com fome, com sede, com o pé machucado numa pedra e os nervos à flor da pele, mas ainda pronto para servir” ...e sangue de Cristo é o amor que não acaba” . Após tantos anos de caminhada Jesus continua o mesmo e a comunidade em continua busca realiza o memorial sendo assim conduzida pelo espírito a perfeição mesmo que tais exortações lhes pareçam duras. “Muitos de seus discípulos, ouvindo-o, disseram: “Essas palavras é dura! Quem pode escutá-la?” (Jo 6,60)

CENTO E VINTE ANOS DEPOIS
Por volta do ano 150 d.C. um filosofo cristão de nome Justino escreveu uma obra chamada Apologia, dirigida ao imperador romano. Entre outras coisas que escreveu para defender a fé e a prática dos cristãos encontramos nesta obra referencias de Justino a missa, nos seguintes termos: “Entre nós, os que possuímos alguma coisa, socorremos os abandonados e estamos sempre unidos uns aos outros. Por todas as coisas das quais nos alimentamos, bendizemos o Criador de tudo por meio de seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. No dia chamado ‘do sol’, acontece uma reunião de todos os que moram na cidade ou na zona rural. Lêem-se as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas, na medida do possível. Em seguida, depois eu o leitor terminou, aquele que está presidindo chama a atenção e iniciativa à imitação dessas coisas bonitas. Em seguida, nós nos levantamos todos juntos e fazemos as preces e, então como eu já disse, terminamos as preces, trazem o pão, vinho e água, e aquele que preside eleva preces e ações de graça como é capaz, e o povo concorda dizendo Amem. Faz-se a distribuição, a partilha a cada um das coisas euaristizadas. Para os que não estavam presentes os ministros levam. ”
O “dia do Sol” era o nome pagão do domingo, que quer dizer dia do Senhor; “memória dos Apóstolos são os Evangelhos e outros escritos do Novo testamento que aqui ainda não estão organizados como temos hoje e portanto a escolha das leituras era feita a partir dos acontecimentos da comunidade; a homilia consiste em “ o que está presidindo chama a atenção e iniciativa à imitação dessas coisas bonitas” e em seguida vinham as preces, a oração Eucarística não era decorada e nem esta escrita, tinha que ser improvisada, espontânea “como é capaz” e todos respondiam com Amém para assim se preparem para a comunhão (partilha) dos alimentos e dentre eles o pão e o vinho denominado por ele de “coisas euaristizadas” sacramento da eucaristia ou ação de graças. Haviam ministros (diáconos) que serviam a mesa e levam para os que não estavam presentes o alimento A finalização era feita com a frase “Ite, missa est” denominação em latim que quer dizer (podem ir a eucaristia foi enviada) Percebe-se aqui que o eixo de toda a missa já está pronta e é provavelmente é deste tempo que a celebração dos cristãos recebe essa denominação para lembrar que missa que não leva o Cristo para o mundo, para os ausentes, não leva a nada. A missa é o ponto de chegada da fé, a sua maior celebração, mas é também o ponto de partida da vida cristã, da missão diante do mundo cada vez mais desafiador.

DE DUZENTOS A OITOCENTOS ANOS DEPOIS
• Neste período foi que a missa se estruturou, ganhando novas cerimônias, novas explicações, novos e diferentes ritos em cada lugar, é neste período que também ela recebe algumas influências que fugiam bastante do pensamento original de Jesus. Entre os documentos que desta época está a Constituições Apostólicas de Hipólito romano onde encontramos o texto de uma oração eucarística que inicia com “O Senhor esteja convosco” e o convite “Corações ao alto” que resulta no “Demos graças ao Senhor, nosso Deus” a atual oração eucarística II se inspira neste texto.
• No começo deste período os cristãos ainda eram perseguidos e o cristianismo era uma religião proibida que realizava suas reuniões em locais escondidos, catacumbas e corredores subterrâneos, a celebração seguia um esquema onde se dava graças pelos alimentos e bebidas, por aquilo que Jesus foi, fez e é; lembra-se a ultima ceia e a morte e ressurreição, mas rezava espontaneamente e de improviso.
• Com o fim das perseguições (edito de constantiniano - ano 313) estableceu-se a paz para a Igreja. A partir de então, construíram igrejas grandes, basílicas ou casas de rei, foram conferidas aos bispos e presidentes de celebração dignidades de império, com isso passou-se a usar roupas especiais e suntuosas e os ritos do império foram adotados pela igreja, multiplicaram-se as celebrações e a missa passou a ser um espetáculo a que o povo assistia
• Nestes séculos era celebrada em grego (língua do N.T.), mais tarde em Roma e quase toda Europa passou a celebrar em latim que mais tarde se tornou uma língua sagrada usada só na liturgia. Com estas influencias o povo começou a não ser ninguém, apenas espectador do espetáculo imperial

DE OITOCENTOS A MIL QUATROCENTOS ANOS
• Neste período o latim deixou de ser língua falada e entendida pelo povo, no lugar do pão grande passou-se a usar o pão sem fermento do tipo das hóstias atuais, cresceu a adoração a hóstia sagrada (incentivada pela Igreja),o povo cada vez mais distante não se achava digno,passou a comungar pelo olhar (comunhão espiritual). O padre “celebrante” presidia a missa de costas e elevava a hóstia acima de sua cabeça (tocava-se a sineta) para que o povo que estava rezando suas orações (muitos sem entender o que ele falava) adorasse Cristo Eucarístico. Surgiu novos utensílios (ostensório, tabernáculo, etc.) e desapareceu a procissão da ofertas, multiplicaram as orações particulares do celebrante, especialmente orações de pedido de perdão , a celebração passou a ser um ministério reservado do padre e o povo ficava mudo, assistindo.

DE 1500 ATÉ CONCÍLIO VATIANO II
• Cresce o valor da missa em todos os sentidos (saúde, bem-estar, preceito religioso, sufrágio dos mortos), aumenta em muito a quantidade de padres assim como a quantidade de missas se multiplicam, e estes recebem um dinheiro (espórtula ou estipêndio) pelas celebrações. Surgiram várias controvérsias e contradições nas ações da Igreja, muitos padres já não mas celebravam para “fazer memória” e sim receber pagamentos e comercializar graças. A reforma protestante assumi fortemente o desejo de ver a missa na língua do povo e colocar a Bíblia na mão do povo. Foi então convocada uma reunião dos bispos do mundo inteiro na cidade de Treto, no norte da Itália (o Concílio de Trento) que toma várias decisões entende a necessidade de reformar a Igreja, mas não reconhece o movimento protestante, estava interrompido o diálogo com Lutero.
• O latim ficou firme como língua da liturgia, foram estabelecidos regulamentos (cada padre só poderia celebrar (receber) uma missa por dia)
Com o surgimento da imprensa foi publicado por autorização do papa Pio V (14/07/1570) o missal impresso, o ritual da missa pode ser engessado
• De cem anos para cá surgiu e se desenvolveu o Movimento Litúrgico apoiado pelos Papas. Pio X incentivou a comunhão diária, missas cantadas e primeira comunhão das crianças. Bento XV aprovou a edição de um missal traduzido para o italiano; Pio XI permitiu que o povo respondesse as orações da missa, dialogando com o presidente; Pio XII mudou a lei do jejum para comunhão e permitiu as celebrações vespertinas, reformou todo o ritual da Semana Santa,incentivou a participação dos fiéis e introduziu a figura do comentarista na missa.
Só faltava a missa ser celebrada na língua do povo o Concílio Vaticano II estava preparado, vindo a acontecer em Roma nos anos de 1962 a 1966 com mais de três mil bispos

AS PARTES DA MISSA
• A Celebração eucarística compõe-se de quatro partes fundamentais:

# RITOS INICIAIS

# LITURGIA DA PALAVRA

# LITURGIA EUCARISTIA

# RITOS FINAIS

• Estas partes formam a espinha dorsal da celebração e por sua vez cada uma delas se subdividem formando uma estrutura que tem inicio e fim, e ao mesmo tempo interligadas com um único objetivo.

RITOS INICIAIS
• O objetivo principal dos ritos iniciais é transformar indivíduos em povo celebrante, formar a assembléia orante, fazer com que as pessoas entrem no clima de celebração, corpo de Cristo animado pelo Espírito Santo.

ESTRUTURA DOS RITOS INICIAIS

a) PROCISSÃO DE ENTRADA
Recorda as grandes peregrinações que os judeus faziam a Jerusalém (Ex 23,14-17;34,18-23). É o retrato de nossa caminhada para o banquete celeste. 1ª das 3 que acontece na missa deve ambientar a todos na santa celebração.

b) BEIJO DO ALTAR
Um gesto muito pouco valorizado que no entanto é significativo, o altar representa o próprio Cristo, beijando-o o presidente expressa sua relação intima e é em nome dele que irá presidir.

c) INCENSAÇÃO do ALTAR
Este elemento ritual não deveria faltar em celebrações festivas sinal de purificação e indicativo de que a assembléia é templo do Espírito Santo

d) SINAL DA CRUZ E SAUDAÇÃO
Do seu lugar o presidente invoca as Pessoas da Santíssima Trindade, pois, a comunidade está reunida em nome do Senhor, em seguida saúda os presentes com palavras bíblicas. A saudação normalmente é tirada das cartas do Novo Testamento, a assembléia louva a Deus por tê-la reunido no amor de Cristo

e) ABRAÇO DE ACOLHIDA
O abraço da paz pode variar :
# como acolhida;
#como início da oração eucarística após as preces;
# como expressão de comunhão ou
#como despedida após a benção

f) HINO DE LOUVOR
É a grande doxologia da missa, conhecido como Glória, seria bom que fosse sempre cantado. A Liturgia prescreve o Gloria nas festas e solenidades, bem como nos domingos (exceto Advento e Quaresma) é um hino de louvor ao Pai por causa de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, de fato o motivo central da louvação é Jesus Cristo, este hino não deve ser substituído por outro canto.
Doxologia – significa louvação

g) ORAÇÃO INICIAL “COLETA”
A 1ª das 3 orações ditas “presidenciais” que quem preside a reza em nome da assembléia. Depois de dizer “oremos” é feito uma pausa para que cada pessoa coloque diante de Deus as próprias motivações, o presidente reunindo “coleta” todos os sentimentos da comunidade que celebra o apresenta a Deus e todos respondem “Amém” significando que estão de acordo e que assim seja. Esta oração quando cantada ganha mais força e encerra a 1ª parte da missa

3 -LITURGIA DA PALAVRA
• A missa é um encontro da Igreja com seu Deus e Pai, por Cristo no Espírito Santo. Em conseqüência disso a Palavra de Deus sempre terá lugar de destaque como parte integrante e indispensável na assembléia litúrgica.
• Na missa a leitura da Bíblia se reveste de solenidade, pois acredi¬tamos verdadeiramente que Deus nos fala. De nossa parte, devemos procurar acolher essa palavra como comunicação de vida. As Escrituras Sagradas não serão simplesmente lidas, mas proclamadas. Tudo devemos fazer para que essas sementes caiam na terra boa do nosso coração e produzam os frutos esperados.
As leituras tiradas da Bíblia para serem feitas durante a missa obedecem a um esquema previamente estudado. Aos domingos são lidos três textos, com um salmo de resposta após a primeira leitura e uma aclamação antes do Evangelho.
• Percebe-se certa ligação temática entre a primeira leitura e o Evangelho; já a segunda leitura reforça aspectos práticos da vida do cristão e da comunidade.
Nos dias de semana são feitas apenas duas leituras e sem preocupação com temas, pelo menos no tempo chamado comum. Os textos são lidos numa ordem seqüencial e a Igreja tem a intenção de que os principais livros da Bíblia e os Evangelhos sejam apresentados aos fiéis no decorrer de todo o ano litúrgico.
ESTRUTURA DA LITURGIA DA PALAVRA

a) PRIMEIRA LEITURA
Na maioria das vezes a primeira leitura é tirada dos livros do Antigo Testamento. Em alguns tempos litúrgicos e festas especiais são utilizados trechos do Novo Testamento, como por exemplo os Atos dos Apóstolos. A primeira leitura é escolhida em função do Evangelho do dia, havendo um notório relacionamento entre ambas para reforçar a mesma idéia, um mesmo ensinamento.

b) SALMO RESPONSORIAL
O salmo de resposta, enquanto possível, faz ressonância à primeira leitura.

c) SEGUNDA LEITURA
Na segunda leitura aparecem com muita freqüência trechos das cartas do Novo Testamento. As de São Paulo são as mais utilizadas e geralmente relatam experiências das comunidades cristãs.
Após o trabalho missionário de pregação e conversão, os apóstolos se preocuparam em transmitir novas orientações, exortações, doutrinas, alertas, testemunhos, elogios, com a constante preocupação de perseverança no "caminho". Entram também nesse elenco os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse.

d) Aclamação ao Evangelho
e) PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
Das três leituras não há dúvida de que o Evangelho é a principal. Trata-se afinal da palavra do próprio Jesus, o cumprimento das promessas e profecias do Antigo Testamento. Ele é a expressão da nova lei, da nova aliança. Enfim, ele é a Boa Notícia.

f) HOMILIA
Deus nos fala através das leituras e nos fala também através do ministro que preside a celebração, no serviço da pregação, da homilia. Mesmo que cada um possa entender a seu modo as mensagens proclamadas através das leituras, o ministro da palavra pode e deve ajudar a assembléia a perceber o sentido dos termos e a vontade de Deus naquele momento e naquela circunstância.
"Quem vos ouve a mim ouve" - Lc 10,16.
A homilia, que deve ser uma verdadeira "conversa familiar", tem como objetivo trazer a palavra de Deus para a vida, para a história de hoje, para que ela seja apelo atual e resposta aos desafios do cristão e da comunidade, já que estão situados no mundo, de onde não podem e não devem ser tirados.
"Eu não rogo que os tires do mundo" - Jo 17,15.

g) PROFISSÃO DE FÉ
A palavra de Deus, ouvida, entendida e aceita, pede de nós uma resposta, que será dada na vida, com a conversão para Deus e para os irmãos. Entretanto, na celebração dominical e nas solenidades, fazemos a profissão de fé confirmando a crença naquilo que há de mais substancial e que nos foi revelado. A profissão de fé é assim uma verdadeira renovação dos compromissos com Deus.

h) ORAÇÃO DOS FIEIS (preces)
Como conclusão da Liturgia da Palavra a assembléia eleva a Deus as suas preces comunitárias. Nesse momento é recomendado que ninguém reze somente por si e pêlos seus, mas que a comunidade coloque em comum as grandes intenções.
Conforme instrução geral do Missal Romano, é preciso respeitar certa ordem nas preces, a saber: pelas necessidades da Igreja; pêlos governantes e pessoas investidas de autoridade; por todas as pessoas que sofrem dificuldades; pelas necessidades da comunidade local. O ideal é que, depois de anunciadas algumas dessas intenções gerais, os fiéis possam formular espontaneamente suas preces, desde que não sejam suplicas meramente pessoais e "em muito numerosas”.

PROGRAMA DE FORMAÇÃO PERMANENTE DE LITURGIA
MÓDULO 2 – Tema: Missa parte por parte

LABORATÓRIO LITURGICO

Proponho um exercício prático, de troca de experiência, portanto você irá responder as perguntas abaixo conforme a vivência de duas celebrações diferentes, sendo que, em uma delas as respostas corresponderão a sua experiência e a outro será a experiência de um irmão (de preferência um desconhecido seu, escolhido na celebração) a qual você fará uma entrevista. Depois de realizado o laboratório responda a pergunta conclusiva.
Questionamentos: (para você e para a pessoa que será entrevistada)

1) Como você viveu o caminho de casa até esta celebração?
2) Nesta Celebração o que mais lhe chamou a atenção, lhe marcou ou ficará registrado para a sua vida?

Pergunta conclusiva (pessoal)
3) O que a realização deste laboratório proporcionou para a sua vida? Conte detalhes (desafios, medos, conclusões).

Observação - Não esquecer de anotar os dados pessoais da pessoa que voçe entrevistou

NOME
IDADE
SE ESTA ENGAJADO EM ALGUM GRUPO
SE FREQUENTA AQUELA COMUNIDADE

DATA DA CELEBRAÇÃO
SITUAÇÃO NO ANO LITURGICO

obs: Me envie o resultado deste esxercício para trocarmos experiencias (e-mail: cmerieira@yahoo.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para anpliar nossa comunicação estamos permitindo os comentários de todos que acessam esta pagina, porém, só editaremos se estes se identificarem.

Não perca tempo, faça um curso online!

Canal aberto para quem admira, estuda, ou tem curiosidade sobre assuntos ligados as ações litúrgicas da Igreja.