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Solenidade de Pentecostes, um convite a sermos dócil ao Espírito

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Comemoração do 1 ano do Diaconato

 
 O dia 24 de novembro de 2013, dia em que se celebrou a solenidade de Cristo Rei do universo, encerramento do ano litúrgico e também do ano da fé, foi para todos nós (31) diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luis (MA) um dia muito especial, momento em que redemos graças ao nosso mestre e Senhor por nos ter escolhido, chamado e enviado para a missão evangelizadora com a graça do ministério ordenado do diaconado. 
Aproveito para relembrar uma frase do nosso patrono São Francisco de Assis "Irmãos até aqui pouco ou nada fizemos"  e somos conscientes que ainda há muito a ser feito e a necessidade é urgente e grande, porém, diante da aridez do imenso deserto encontrado no cotidiano da vida, este primeiro ano de exercício ministerial se revelou como um oásis para Igreja local, onde servimos a Jesus através dos irmãos. Deus nos lembra que se nos mantivermos fiéis no pouco Ele nós confiará cada vez mais e a cada dia avançaremos até o encontro definitivo. É momento de parabéns e de alegria, mas, principalmente é momento de revigorar as forças para sermos cada vez mais sinal e seta de que Deus está e se manifesta em nosso meio; que seu reino é de amor, igualdade, justiça e paz e não terá fim. 
Seja bendito o Senhor que fez e faz em nós maravilhas!

ass. Diac. Carlos Ericeira     

Confraternização após a celebração de ação de graças na Paroquia de Santa Terezinha (Filipinho - São Luis/MA)

Processo vocacional para Nova turma de Diaconos

Durante reunião com diáconos permanentes na noite do dia, 21/11/13, o arcebispo de São Luís, dom José Belisário da Silva, anunciou que “é preciso partir para a segunda turma de diáconos”. “Esse é o nosso encaminhamento concreto: dar início à nova turma”, pontuou. Dom José Belisário explicou que ao longo de 2014 será realizado um processo vocacional para começar a nova turma em 2015. O processo consiste em ouvir as indicações dos padres e das comunidades, receber e avaliar os candidatos, convidar e selecionar.
Postado por Diácono George Castro                                                                                               Por: Bento Leite

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Estudo Doc 104 CNBB - Comunidade de Comunidades

A Equipe de Formação Paroquial, Jornal A Palavra Viva e o Blog CMliturgo (diac. Carlos Ericeira), visando um maior aprofundamento e conhecimentos dos documentos da Igreja, traz aos irmãos (paroquianos do São Cristóvão) um trabalho desenvolvido pela Arquidiocese de Campinas.  Colabore com os organizadores na transmissão destes encontros de estudo, acompanhe o cronograma de estudo da Paróquia e a edição das próximas Fichas de Estudos.


 COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA (I)

Perspectiva Bíblica
O texto de Estudos da CNBB, nº 104, “Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia”, apresentado em quatro capítulos, tem a finalidade de promover a reflexão sobre a renovação das paróquias, diante das mudanças que estamos vivendo, para que elas se tornem uma Igreja em permanente estado de Missão. Espera-se, por meio dele, que as dioceses apresentem sugestões complementares, que posteriormente serão avaliadas pelos bispos e encaminhadas para a votação final na Assembleia da CNBB, em 2014, quando então deverá se transformar em um documento norteador para as paróquias.

Nesta Ficha será desenvolvido o Capítulo 1: Perspectiva Bíblica, que destaca a importância da Palavra de Deus na vida da comunidade e na vida do discípulo missionário. A Constituição Dogmática Constituição Dogmática Dei Verbum e a Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini ressaltam que a Palavra de Deus ilumina, na comunidade, a realidade que o discípulo é chamado a transformar, para que a paróquia seja de fato presença viva de Jesus Cristo em meio às pessoas, às famílias e à sociedade. Eis alguns elementos bíblicos que iluminam os desafios de transformar a paróquia em verdadeira escola de comunhão, em “comunidade de comunidades”:

1- Recuperar a comunidade. Segundo o texto, não é de hoje que a tendência ao isolamento atinge as pessoas, as famílias e a comunidade, que muitas vezes se fecham à realidade e aos apelos para uma vida em sociedade. No seu tempo, Jesus ensinou que a comunidade deveria ser exemplo da bondade, do amor e da misericórdia, como expressão da grande família dos filhos de Deus, principalmente às pequenas famílias e às pessoas sozinhas e indefesas. Para Jesus, a comunidade é um dos muitos sinais do Reino de Deus em meio a uma sociedade egoísta e fechada. Ainda hoje, em tempos de forte apelo ao individualismo, ao hedonismo e ao materialismo, onde as pessoas vivem no anonimato, a paróquia é chamada a recuperar seu sentido de comunidade, como lugar de acolhida a todos os que a procuram, incentivando o diálogo, o contato humano e à fraternidade.

2- A nova experiência de Deus: o Abbá. Jesus testemunhava uma grande intimidade com o Pai (Jo 14,9) pela oração, nas reuniões na sinagoga, pelo seu jeito de ser e de viver, de acolher as pessoas e de revelar o seu amor. Era o retrato vivo de Deus, o portador da Boa Nova para todos os seres humanos, sobretudo para os pobres, e é esta experiência que a paróquia deve propiciar ao povo.

3- A missão do Messias, como servo de Deus, “que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos” (Mc 10,45). Jesus revela-se como o Messias que realiza as esperanças dos pobres, fazendo justiça aos oprimidos, dando pão aos famintos, libertando os prisioneiros, abrindo os olhos dos cegos, endireitando os curvados, acolhendo os justos e os pecadores, protegendo os estrangeiros, sustentando o órfão e a viúva, e permanecendo fiel à missão de servo. Da mesma forma a comunidade paroquial deve ser servidora do povo. Esta é a sua vocação!

4- A novidade do Reino. Da relação entre Cristo e os seus discípulos surge uma nova proposta de vida, que precisa ser acolhida pela humanidade. No relacionamento entre homem e mulher, o máximo de igualdade (Mt 19,7-12); entre os discípulos, o máximo de partilha (Mc 10,28); com os pequenos e excluídos, o máximo de acolhida (Mc 9,41-50); com os bens materiais, o máximo de abnegação (Mc 10,17); com relação ao poder, o exercício do serviço (Lc 22,25-26); com relação ao perdão, a comunidade situa-se como o lugar de perdão e de reconciliação e não de mútua condenação. Eis a prática social que se espera de cada discípulo e da comunidade inteira.

5- Um novo estilo de vida comunitária. O Reino implica em uma nova maneira de viver e de conviver, por isso, Jesus deu quatro recomendações para a vida comunitária: hospitalidade (Lc 9,4; 10,5-6), partilha (Lc 10,7), comunhão (Lc 10,8) e acolhida (Mt 10,8). Atendidas estas recomendações, pode-se proclamar que “O Reino Chegou!” (Mc 6,7,13). Estes são os sinais que indicam o quanto a comunidade paroquial é sinal do Reino.

6- O novo modo de ser pastor. Jesus vai ao encontro das pessoas onde elas estão e propõe um caminho de vida (Mt 11,28); não exclui ninguém; supera as barreiras de sexo, religião, etnia e de classe; não se fecha dentro de sua própria cultura; reconhece as coisas boas que existem em todas as pessoas, por isso, se apresenta como o Bom Pastor (Jo 10,11). Ele é o modelo de pastoral para toda paróquia e comunidade: acolhe, ensina, cuida, guia, promove a comunhão na fé, na esperança e no amor, e se aproxima também dos irmãos de outras tradições.

7- O ensinamento novo. Jesus ensinava de forma simples e direta, com palavras voltadas ao cotidiano das pessoas, fazendo-as participarem da descoberta da verdade. Sua vida era o testemunho do que ensinava, por isso, o povo percebeu „um ensinamento novo, e com autoridade‟ (Mc 1,27). O testemunho deve ser a primeira ação da Evangelização nas paróquias.

8- A nova Páscoa. Na Páscoa de Jesus, a morte foi vencida. A nova comunidade, reunida pelo Ressuscitado, é a expressão e o anúncio de uma nova e eterna aliança selada na nova Páscoa. Ela promove o perdão dos pecados para reconciliar o mundo com Cristo e expandir a mensagem da Boa Nova a toda humanidade. “Todo aquele que nele crer não morrerá, mas terá a vida eterna” (Jo 10, 3,36). Toda paróquia deve ser geradora de vida humana, vida de fé e esperança.

9- Pentecostes: o novo Povo de Deus. O poder do Espírito Santo, recebido no dia de Pentecostes (At 2), que realiza nos corações a condição para que alguém se torne seguidor de Jesus Cristo, concede diversos carismas que acompanham o verdadeiro anúncio evangélico, e guia as decisões da Igreja para ser uma comunidade evangelizadora. Na paróquia todos são responsáveis: padres e leigos têm a mesma importância; sobretudo quando aceita a colaboração de cada um, de modo a dar oportunidade para todos.

10- A nova comunidade cristã. A inspiração para toda comunidade cristã parte de quatro colunas básicas: a) Perseverança em ouvir o ensinamento dos apóstolos (1Ts 2,13); b) A Comunhão fraterna (Gl 3,28; Cl 3,11; 1Cor 12,13), c) A fração do pão (Eucaristia) (Lc 24,30-35); d) As orações (At 5,12b). São esses gestos que tornam a comunidade cada vez mais apaixonada pelo Deus de Jesus Cristo e pela sua proposta de vida.

11- A missão. Os discípulos de Jesus são reconhecidos por viverem em comunhão (Jo 13,34), tornando-se testemunhas pascais que recebem o mandato missionário para realizar pregações, curas e formar comunidades. A mística desta comunhão deve ser o grande ideal de uma paróquia.

12- A nova esperança: a comunidade eterna. A esperança no Reino de Deus, anunciado por Cristo, desperta nos cristãos o compromisso de trabalhar por um mundo melhor e esperar a plena realização dos novos céus e da nova terra (2Pd 3,13), onde Deus será tudo em todos. Cada comunidade cristã deve ser testemunha e anunciadora desta realidade futura, atualizando, através dos séculos, a mensagem de esperança de Cristo. Eis o agir em comunidade!
Para criar a convicção e uma cultura de Comunidade de Comunidades é preciso que surja uma nova forma da paróquia ser e de se organizar. Ela deve expressar a comunhão de pequenos grupos e comunidades que buscam a fidelidade ao projeto de Jesus através da atualidade da Palavra de Deus e da adesão ao Reino, ao mundo novo, ao novo estado de coisas, à nova maneira de ser, de viver, de estar junto com os outros, que o Evangelho inaugura. Para esta renovação, a Igreja precisa cuidar do amadurecimento da fé de seus membros, principalmente através da formação bíblica, que deve ser permanente. É a formação que fortalece a fé e a vida comunitária, para que ela seja sinal e instrumento do Reino, afinal, evangelizar é também uma tarefa comunitária.


Para Refletir:
1a)    Qual a importância da Palavra de Deus na vida do Discípulos Missionário e na Missão?

2b)    Você considera que a formação cristã oferecida pela Paróquia/Comunidade deve ser mantida como está? Por quê?


3c)    O que se pode propor como novidade ou aprimoramento para transformar a paróquia numa verdadeira escola de comunhão: Comunidade de Comunidades?



Ao fazer uso deste texto, favor citar a fonte.
FONTE: avf@arquidiocesecampinas.com  - O texto das fichas de estudo está publicado no site: Ambiente Virtual de Formação: Igreja em Rede http://www.ambientevirtual.org.br/fichas-de-estudo/comunidade-de-comunidades-uma-nova-paroquia-i-perspectiva-biblica onde você poderá fazer o download em PDF.




quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Um ano de diaconado permanente
Dom José Belisário da Silva *
A identidade do diácono se encontra, antes de tudo, na ordem do ser. Ele recebe uma graça sacramental que determina o espírito com que exerce o seu ministério. Por isso, não deve, em primeiro lugar, ser definido a partir das funções ou dos poderes que lhe são confiados. Ele recebe uma marca indelével através da ordenação sacramental. É na sua significação que se encontra a especi­ficidade do diaconado.(Diretrizes para o Diaconado Permanente, nº 33 – CNBB).
Neste mês de novembro completa-se um ano da ordenação do primeiro grupo de diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luís. É uma data a ser festejada com alegria e gratidão, mas é também um tempo favorável para uma avaliação do caminho percorrido.
Numa sociedade marcada pelo fazer, há, antes de tudo, um risco a ser evitado, a saber, o risco de compreender o ministério diaconal numa perspectiva funcionalista, pragmática, reduzindo-o à prestação de serviços ou ao cumprimento eficiente de determinadas funções. Claro que as funções são importantes e devem ser desempenhadas com esforço e amor. No entanto, como afirmam as Diretrizes para o Diaconado Permanente, a identidade diaconal encontra-se, antes de tudo, na ordem do ser e não do fazer. Eis o desafio: ser um cristão diácono sempre, em todas as circunstâncias, e para sempre.
Numa sociedade marcada pela busca do poder, pela busca do interesse próprio, na qual até as relações humanas são mercantilizadas, onde o valor da pessoa é estabelecido pelo mercado, pelo poder e pelos bens que se têm, pela capacidade de produzir ou consumir, os diáconos devem nos ajudar a resgatar a lógica da gratuidade, na perspectiva da graça. Seria uma lástima entender o diaconado como busca de privilégios e honrarias.
O Documento de Aparecida fala dos “novos rostos dos pobres”. Ao lado de antigos problemas sociais que lamentavelmente perduram e, por vezes, se agravam, novos rostos de sofredores assomam à cena social – dependentes de drogas, detidos nas prisões, idosos abandonados, meninos de rua, enfermos e tantos outros. Perante esses “novos rostos dos pobres”, o serviço da caridade torna-se mais necessário e desafiador e pressupõe uma caridade inteligente e organizada, tanto de cunho emergencial como de cunho sócio-transformador.
            São Luis 
Estamos vivenciando no Brasil uma grande diversidade de situações culturais. O pré-moderno, o moderno e o pós-moderno convivem e frequentemente se misturam. Essa situação exige do evangelizador uma atitude de abertura e de diálogo. Surgem novos areópagos que constituem verdadeiros desafios para a ação evangelizadora da Igreja. Esses novos areópagos são terreno propício para a presença e atuação dos diáconos permanentes.
            Também o contexto eclesial propõe desafios ao diaconado permanente. O cenário religioso tem sofrido modificações nas últimas décadas. Multiplicação das novas denominações religiosas, a teologia da prosperidade, o crente visto como consumidor ao qual se devem satisfazer as necessidades pessoais, o proselitismo e a competição, o consumismo religioso, a privatização e a des-institucionalização da religião são mudanças que podemos perceber a olho nu e que são constatadas e analisadas pelas ciências sociais. O diácono permanente é convidado a compreender este novo cenário não para acomodar-se nele, mas para buscar transformá-lo a partir de posturas pastorais adequadas.
            Um ano de diaconado permanente na Arquidiocese. Parabéns, diáconos! Somos gratos a vocês por corresponderem à vocação que Deus lhes concedeu.
*Arcebispo de São Luís

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