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Solenidade de Pentecostes, um convite a sermos dócil ao Espírito

P ercorremos exatos cinquenta dias do tempo Pascal e com a solene celebração de Pentecostes [1] chegamos ao fim deste tempo e ret...

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Um novo ano vai começar e com ele renova-se no intimo de cada um de nós os desejos mais nobres, queremos ver o mundo inteiro em festa e que toda a graça e harmonia divina invada cada vereda, canto e espaço da terra, que a presença de Deus seja o centro, em tudo e em todos e mergulhados neste imenso amor tenhamos dias de paz, justiça e harmonia.
Eu o Diácono Carlos Ericeira agradeço ao Pai por este ano que termina e faço votos que o novo tempo e a nova história a ser escrita pelos próximos 365 dias sejam conduzidas pelas mãos do criador.
Muito obrigado a todos os seguidores do Blog CMLITURGO 

Roteiro Homilético: 01 de janeiro


Homilética: Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus
Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no seminário diocesano Maria Mater Ecclesiae de são Paulo (Brasil)
Ciclo B
Textos: Nm 6, 22-27; Gal 4, 4-7: Lc 2, 16-21
Ideia principal: Hoje celebramos a solenidade de Santa Maria, ,Mãe de Deus e o dia internacional da paz.
Síntese da mensagem: Foi o Papa Paulo VI quem transladou para o dia 1 de janeiro a festa da Maternidade divina de Maria, que antes caia no dia 11 de outubro. De fato, antes da reforma litúrgica realizada depois do concilio Vaticano II, no primeiro dia do ano se celebrava a memoria da circuncisão de Jesus no oitavo dia depois do seu nascimento- como sinal de submissão à lei, sua inserção oficial no povo eleito- e no domingo seguinte se celebrava a festa do nome de Jesus.
Pontos da ideia principal:
Em primeiro lugar, neste primeiro dia do ano colocamos a Santa Maria como intercessora, para que nos consiga a paz que necessitamos. É o primeiro dia do ano e dedicamos a Ela, à Mãe de Deus, à Rainha da Paz, para que abençoe também todos os nossos esforços e desejos de paz. A cena do Evangelho também nos traz sentimentos de paz. Voltamos para Belém, para o presépio, para contemplar “Maria, José, e o Menino deitado no presépio”. Unimo-nos aos pastores neste momento de adoração, contemplando esta cena, sentindo-nos parte dela, como aquele povo simples que soube ver naquele menino todo um Deus que vinha para nascer por nós. Também damos glória a Deus, como os pastores, por ter se descoberto nas nossas vidas, por ter deixado Deus nascer, um ano mais, nos nossos corações. Esse menino enche os nossos corações e as nossas vidas de paz, com a sua paz. “A paz vos deixo, a minha paz vos dou”. Uma paz verdadeira e para sempre.
Em segundo lugar, pedimos neste dia que o Senhor coloque o seu olhar sobre nós e nos conceda a paz. É esta a oração que fazia todo bom israelita, e é uma oração e um desejo que devemos fazer hoje nosso todas as pessoas de boa vontade. Queremos que o Senhor conceda a paz, a sua paz, a todos os nossos parentes e amigos, e a todas as pessoas que quiserem recebê-la, para o mundo inteiro. Hoje é a jornada mundial da paz. A paz de Deus! O salmo 84 nos diz que a justiça e a paz se abraçam, se beijam. Queremos uma paz que seja fruto da justiça, não uma paz imposta violentamente pela força das armas ou pela força do dinheiro. Não queremos a paz de pessoas que vivem esmagadas pelo poder político, ou social, ou econômico. Não queremos a paz dos cemitérios. Queremos a paz dos corpos e das almas, a paz material e a paz espiritual. Sabemos que esta paz não podemos consegui-la plenamente enquanto vivermos nesta terra, mas devemos sempre aspirar cada dia a aproximar-nos um pouco mais dela. Não vamos conseguir só com as nossas forças humanas, necessitamos a ajuda de Deus. Por isso, vamos pedir hoje a Deus que, por intercessão da sua Mãe, Santa Maria, pouse o seu olhar sobre nós e nos conceda a paz.  
Finalmente, este é um dia para dar graças a Deus. Graças por tudo o que vivemos neste ano que terminamos, graças pelo que viveremos no ano que começa, graças por tudo de novo que aparece na nossa vida. Pedimos a Deus que todos os nossos bons desejos que temos e que nos dizemos no Novo Ano saibamos realizá-los. Fazemos nosso o propósito de favorecer tudo o que possa ajudar para que exista mais felicidade para todos, amigos e desconhecidos. Este é o nosso desejo: “Paz e bem para todos”.
Para refletir: Como inicio o novo ano: com esperança e fé? Com alegria e otimismo? Disposto a gerar a paz na minha família e por onde eu for?
Para rezar: Porque Jesus, nasceu de uma mulher, amamos e veneramos o nome dessa mulher: Maria. Porque, Maria, é espelho da humanidade redimida, bendizemos e suspiramos, neste Ano Novo , à nova Eva, Àquela que nos da tanto: a Jesus. Para ser Mãe de Deus e Mãe nossa, não deixou atrás a sua pobreza nem a sua simplicidade, a sua obediência e o seu ser maternal. Bendizemos a vossa docilidade, Maria! Porque, Maria, meditava todas as coisas sagradas no mais profundo do seu coração, bendizemos a sua memoria, o seu espírito e a sua fé. Bendita, Vós, Maria! Porque, Maria, como o sol que amanhece, ilumina os cantinhos mais escuros da nossa casa.
FONTE: Zenit.org
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

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Curso de Liturgia, extensão universitária

                           CONCLUÍMOS AS ATIVIDADES DA 1ª TURMA DO CURSO DE LITURGIA EM PARCERIA COM O IESMA

Foi com grande alegria que concluímos a primeira fase (turma) do curso de liturgia ministrado no Instituto de Ensino Superiores do Maranhão - IESMA, iniciamos este projeto em fevereiro de 2014 e 97 pessoas se inscreveram para participar desta capacitação que teve a duração de fevereiro a dezembro (2014). Durante este período foi contemplado 16 temas
 que foram escolhidos em correspondência com os 7 capítulos da Sacrosanctum Concilium (SC). O desenvolvimento dos módulos foram presenciais com encontros que se realizaram em intervalos de 15 em 15 dias, sempre aos sábados no horário de 8 as 12 h, 

      Para a conclusão os 74 cursistas foram motivados a realizar uma Exposição Litúrgico Catequética com 08 temas (Celebração Eucarística, Celebração da Palavra, Ano Litúrgico, Canto Litúrgico, Símbolos na Liturgia, Oficio Divino das Comunidades, Formação Litúrgica e Sacrosanctum Concilum). Esta exposição foi realizada no dia 20 de dezembro, iniciada com um debate sobre o RICA (assessorado por Luiz Freitas, Magnólia e Glécio), seguido por abertura das salas de exposição e finalizado com a celebração eucarística que foi presidida pelo Pe. Abraão (diretor do IESMA).
            A conclusão desta turma representa também a realização de um sonho e particularmente como coordenador deste curso estou muito feliz com o resultado obtido e a beleza dos trabalhos desenvolvidos pelos participantes, o caminho está aberto e movido pela experiencia vivida sinto que o desejo de aprofundar mais os conhecimento levará estes 74 agentes a tornarem-se multiplicadores de uma liturgia viva, frutuosa e plena. No ano de 2015 iremos desenvolver novas atividades, já estão abertas as inscrições para a nova turma que no período de fevereiro a dezembro de 2015 poderá experimentar os mesmos módulos oferecidos em 2014, já para os que concluíram estaremos oferecendo as oficinas litúrgicas que serão encontros com temas previamente escolhidos onde o cursista participará de um momento de vivencia ou laboratório do assunto a ser abordado.
       Os interessados podem solicitar maiores informações pelo blog, pelo e-mail liturgia@iesma.com.br ou diretamente no site do IESMA.
       Estaremos divulgando aqui em nossa página conteúdos formativos sobre a liturgia e claro maiores informações sobre as atividades formativa que desenvolvemos no exercício do ministério diaconal.   



 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

50 anos da Sacrosanctum Concílium - Ficha de Estudo I

Introdução
A Constituição “Sacrossanto Concilio” (SC), sobre a Sagrada Liturgia, foi o primeiro documento aprovado pela maioria dos bispos conciliares em 4 de dezembro de 1963[1].
Ela se insere no espírito de renovação suscitado pelo Espírito Santo e, especialmente, na compreensão da Igreja como Povo de Deus, definida na Constituição Dogmática Lumen Gentium. O objetivo central da SC é reformar e incrementar a Liturgia para promover a participação e a santificação do povo em vista da edificação do Corpo de Cristo. (1-4) 
Desde o início do século XX, uma reforma litúrgica vinha sendo gerada na Igreja, especialmente na Bélgica e na França ficou conhecida como Movimento Litúrgico. Ele cresceu a partir dos estudos bíblicos e patrísticas que possibilitaram aos teólogos refletirem sobre o caráter criptológico da Liturgia e sobre a necessidade da participação dos fiéis nas celebrações. O papa Pio XII, através da Encíclica Mediator Dei (20-11-1947), confirmou os passos dados pelo Movimento Litúrgico e, neste mesmo ano, criou uma comissão para reformar a Liturgia. Em 1951 foi introduzida uma série de reformas que antecederam o Concílio, sendo que a principal delas, foi a Reforma da Vigília Pascal. O Concílio, então, propagou estas reformas e sugeriu que elas fossem implantadas em todas as dioceses. Os Documentos sobre a Liturgia, que ajudam as equipes espalhadas por todo o Brasil, e os livros litúrgicos como o Missal, Rituais para os Sacramentos, Livro de Bênçãos e Lecionários na língua português-brasileira, são frutos da SC. 
A SC foi dividida em sete capítulos:
ü  I - Os princípios Gerais da Reforma e do Incremento da Liturgia;
ü  II - O Sacrossanto Mistério da Eucaristia;
ü  III - Os demais Sacramentos e sacramentais;
ü  IV - O Ofício Divino;
ü  V - O Ano Litúrgico;
ü  VI - A Música Sacra;
ü  VII - A Arte Sacra e as Sagradas Alfaias.

Neste estudo, eles serão tratados em cinco Fichas assim nomeadas:
1) A Sagrada Liturgia;
2) Formação Litúrgica;
3) Sacramentos e Sacramentais;
4) Ofício Divino e Ano Litúrgico ;
5) Música e Artes Sacras.


A Sagrada Liturgia -            (1ª da  SC)
Este texto sobre A Sagrada Liturgia é fruto do estudo sobre os tópicos I, III e IV do primeiro capítulo da SC:
Os princípios gerais da Reforma e do Incremento[2] da Liturgia.
O tópico I - A natureza da Sagrada Liturgia e sua importância na vida da Igreja (parágrafos 5-13), indica que é através da celebração cotidiana dos Sagrados Mistérios da Vida, Morte e Ressurreição do Senhor que a Igreja atualiza a presença salvífica de Jesus Cristo e se revela, apesar de suas falhas, como um canal da Graça Santificadora aos que a procuram, ou seja, o favor de Deus que santifica o homem, a Sua presença na vida humana (5-6). Através da Liturgia, é o próprio Cristo que age e comunica os sinais sensíveis de Sua Graça. E é, mediante a proclamação da Palavra de Deus e do diálogo com a assembleia, através da participação na salmodia, nas orações, nos cantos e por meio dos sacramentos, que os fiéis se unem a Cristo e antecipam a festa, que no céu nunca se acaba (7-8). Além disso, através da Liturgia se enfatiza a noção eclesiológica, ou seja, o vínculo com a Igreja, pois o Povo de Deus reunido em assembleia litúrgica é a própria Igreja, Corpo de Cristo! Eis porque se afirma que a Liturgia é o cume e a fonte de toda a ação pastoral.
O tópico III - Reforma da Sagrada Liturgia (parágrafos 21-40), indica a necessidade de promover mudanças nas celebrações litúrgicas em função de uma preocupação pastoral e espiritual, pois deseja-se que os fiéis obtenham maiores benefícios das celebrações que participam. O documento lembra que em todas as Celebrações Litúrgicas há partes fixas e partes que podem ser mudadas ou adaptadas, a fim de que os fiéis sejam beneficiados e aproveitem melhor o que se celebra. Além disso, algumas orientações foram elencadas para serem seguidas por todas as dioceses, a fim de garantir a unidade e a fidelidade ao Magistério Eclesial. Duas delas estão destacadas abaixo por serem consideradas como mais importantes e que contribuíram na catequese bíblico-litúrgica do povo: 
1) Que a Bíblia tenha um lugar de destaque na Liturgia, e que a pregação (homilia) seja catequética e centrada no mistério de Cristo. Para tanto, o documento permitiu o uso da língua pátria com o objetivo de facilitar a compreensão e participação nas Liturgias Dominical e Cotidiana, e incentivou a realização da Celebração da Palavra, sobretudo nas comunidades onde há carência de padres. (35,4)
2) Que o povo seja estimulado a participar ativamente da Liturgia através de sua voz e expressão corporal, bem como a guardar silêncio nos momentos em que ele seja necessário.
O tópico IV - O incremento da vida Litúrgica (parágrafos 41- 42), indica que as Dioceses devem promover a Pastoral Litúrgica nas paróquias e comunidades para que os Sagrados Mistérios sejam celebrados em uma participação perfeita e ativa de todo o Povo santo de Deus, representando a Igreja visível, estabelecida em todo o mundo, especialmente aos domingos, no Dia do Senhor. O documento, ainda, aprovou a introdução de alguns elementos culturais nas Liturgias, a fim de torná-las mais expressivas aos diversos grupos que a celebram.

Na época do Concílio, a realidade eclesial brasileira ainda era muito marcada pelas práticas religiosas tradicionais sedimentadas nos primeiros quatro séculos coloniais. A partir do século XX, os bispos muito se esforçaram para modificar a realidade devocional ligada à religiosidade popular que desfocava da fé cristológica. As reformas propostas pela SC vieram em boa hora, pois contribuíram para resgatar o senso de uma liturgia centrada na fé em Jesus Cristo, o Senhor da História. A centralidade bíblica e a liturgia catequética se configuraram como o grande desafio à formação dos fiéis. 
Na perspectiva da Pastoral Litúrgica, houve um grande esforço para que a reforma proposta fosse levada adiante. Ainda em 1963, através do Plano de Pastoral de Conjunto, a CNBB criou a Linha 4: Dimensão Litúrgica, que deu os primeiros passos para a organização de uma Pastoral da Liturgia no Brasil, e algum tempo depois, foi criada a Comissão Nacional de Liturgia. Em 1969, foi divulgada a publicação das Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário Romano (NUALC) elaboradas pela Santa Sé e, vinte anos depois, em 1989, foi publicado pela CNBB o Documento 43, denominado Animação da Vida Litúrgica no Brasil, que procurou divulgar a SC e introduzir as modificações sugeridas pela NUALC. Atualmente, o organismo da CNBB responsável pela Liturgia chama-se Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia. 
É certo que a Reforma Litúrgica fez um grande bem à Igreja e, especialmente à Igreja do Brasil, pois reconduziu à centralidade cristólogica e contribuiu para uma maior participação dos fiéis, inclusive na questão da inculturação[3]
. Como no Brasil sempre houve poucos padres, o incentivo às Celebrações da Palavra fortaleceu uma eclesiologia de comunhão e de serviços, especialmente nas Comunidades Eclesiaisde Base (CEB’s), através dos Ministros da Palavra, da Eucaristia, dos Enfermos, e das Exéquias (cerimônias fúnebres) com especial destaque à participação das mulheres. De outro lado, a inculturação tornou a Liturgia mais popular, especialmente na música com a diversidade dos instrumentos, e nos cantos.
Para refletir:                                                                                             Tema: A Sagrada Litúrgica
1. O que lhe chama mais a atenção sobre a Natureza da Liturgia?
2. Por que a Liturgia é importante na vida da Igreja?
3. Das reformas sugeridas pela SC, qual você acha que mais contribuiu para fazer crescer a Igreja Católica no Brasil, ou o que é mais ativo e perceptível na sua Paróquia?
4. Existe alguma alteração na vida da Igreja, conhecida através desta Ficha 1, que a sua Paróquia ainda não aplicou na sua totalidade? Se sim, de que forma você pode colaborar para que isto aconteça?



[1] Libanio, João Batista, Igreja Contemporânea – Encontros com a Modernidade, Ed. Loyola, São Paulo, 2000, pp 50-54

[2] Ato, processo ou efeito de incrementar; desenvolvimento, crescimento, aumento; acréscimo.  
[3] A inculturação é a introdução de uma cultura ou aspectos culturais de um determinado povo à uma outra cultura. A palavra "inculturação" tornou-se importante na Igreja para expressar a presença renovada da Igreja missionária: o Evangelho é anunciado para se tornar um princípio que anima, guia e unifica as culturas, transformando-as e renovando-as a partir de seu interior até produzir uma nova criação

segunda-feira, 24 de março de 2014

COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA (IV)

Perspectivas Pastorais


 Depois de analisarmos a perspectiva bíblico-teológica, assim como os novos contextos que trazem desafios para a Paróquia, nesta 4ª Ficha de Estudo veremos o último capítulo, do Estudo 104: Comunidade de Comunidades, uma Nova Paróquia, “Perspectivas Pastorais” com alguns indicativos para a urgente renovação das comunidades paroquiais.
 1- Recuperar as bases da comunidade cristã. Conforme o exemplo das primeiras comunidades cristãs, a comunidade paroquial se reúne para partir o pão da Palavra e da Eucaristia e perseverar na catequese, na vida sacramental e na prática da caridade (cf. DAp  175). Essa proposta de ser Igreja ganha especial apelo em nossa atual sociedade, na qual viver perto não significa, necessariamente, proximidade, além de gerar o individualismo que leva, cada vez mais, ao distanciamento, à solidão e à infelicidade. Assim, três elementos fundamentais caracterizam a comunidade seguidora de Jesus Cristo:
a) A vivência da Palavra,  como oportunidade de encontro com Cristo, especialmente para os mais jovens, que necessitam do testemunho dos mais velhos e de uma catequese sistemática, através de práticas como, por exemplo, o catecumenato (Iniciação à vida cristã) e a Leitura Orante da Bíblia.
b) A vivência da Eucaristia, o ponto alto da Celebração Pascal. A partilha eucarística é escola de vida Cristã, pois a doação máxima de Jesus é o grande chamado para também partilharmos tudo o que temos e somos.
c) A vivência na caridade, testemunho do amor ao próximo. A defesa da vida exige da comunidade a prioridade aos famintos, doentes, presos e tantos outros que estão à margem do sistema. Assim, a caridade só pode ser realizada plenamente com participação política e o reconhecimento de que a vida econômico-social deve estar a serviço da pessoa humana.
 2- A comunidade de comunidades. O incentivo e a formação de comunidades menores faz parte do processo de renovação paroquial e, para isso, são apresentadas algumas sugestões como:
a) A setorização da Paróquia em grupos menores, de modo que favoreça uma nova forma de partilhar à vida cristã. Sem ignorar a referência territorial das comunidades maiores e as matrizes, podem ser criadas novas unidades com uma estrutura pastoral menor. Contudo, não basta uma demarcação de territórios, é preciso identificar quem vai pastorear, animar e coordenar esses setores. Sem essa preparação, a simples setorização não renova a vida paroquial! Nessa instância, podem ser desenvolvidos muitos serviços, levando em conta o protagonismo dos leigos e os ministérios a eles confiados como determinantes para o bom êxito da setorização.
b) A integração de comunidades, movimentos e grupos que apresentam várias formas de se viver o cristianismo, diferentemente das comunidades territorialmente estabelecidas. Eles vivem experiências cristãs que se unem em pontos comuns e, integradas à paróquia, constituem uma rede de comunidades, além das comunidades cristãs ambientais ou transterritoriais, formadas, por exemplo, por grupos de moradores de rua, de universitários, de estudantes (em especial nos colégios católicos), de empresários ou de artistas. Contudo, a unidade paroquial das diversas comunidades é indispensável para que todos se sintam unidos afetiva e efetivamente. Isso se realiza  não só pelo vínculo e pela partilha da caminhada, mas também pelo planejamento pastoral, pela ação do conselho paroquial e do pároco.
c) A revitalização da comunidade não apenas como uma mera reorganização em unidades menores, mas como uma verdadeira conversão pastoral de todos. Assim, a paróquia poderá reunir e ser referência para os cristãos, sem esgotar toda a vida da comunidade; evitar a centralização e a uniformização; e promover relações interpessoais que vençam o anonimato e a solidão. A revitalização exige, também, que as pessoas tenham a alegria de se reunir em torno da Palavra de Deus; implica a capacidade de unir fé e vida, de viver e de celebrar, de se alegrar e de chorar com o outro, na atenção às pessoas e às suas necessidades.
 3- A conversão pastoral. Não é possível ser tocado por Jesus Cristo sem a conversão, e as comunidades cristãs precisam ser sinal de conversão no mundo por meio do exemplo de seus agentes, da inclusão social, da igualdade, da partilha, do serviço e da prática do perdão.
a) Conversão dos ministros da comunidade.  Preocupar-se com a pessoa humana é uma ação inerente à figura do Bom Pastor anunciada por Cristo. Assim, os ministros ordenados devem ser os primeiros a buscar a constante conversão, e cuidar para não se afastar de seus compromissos de atendimento, estudos e orações quando sobrecarregados com as diversas atividades, em especial as administrativas. Estas podem ser confiadas também aos leigos,  religiosos e religiosas, dentro dos respectivos Conselhos Paroquiais que podem ser mais acolhidos dentro das atividades pastorais, demonstrando uma forma de descentralização almejada pelo modelo de comunidade de comunidades.
b) Protagonismo dos cristãos leigos. Tão defendido pelo Concílio Vaticano II e pelas inúmeras Conferências Episcopais na América Latina, o protagonismo dos leigos encontrará, nessa nova forma de organização, real espaço para se desenvolver. Através dele, a comunidade estará mais ligada aos verdadeiros problemas da sociedade, uma vez que eles fazem parte mais do cotidiano dos leigos do que dos presbíteros.
 4- Transformar as estruturas. Cuidar demais das estruturas levou-nos a muitas formas de ativismo improdutivo, e a primazia do fazer ofuscou o ser cristão. É fundamental a transformação das estruturas para que os recursos da paróquia sejam aplicados de acordo com os objetivos pastorais, não permitindo a dissonância entre o Conselho Paroquial de Pastoral e o de Assuntos Econômicos. É urgente investir na formação das pessoas, superando a mentalidade que prioriza construções e obras materiais. Além disso, os leigos precisam de apoio em suas comunidades para a realização de formações e encontros, para manter a unidade com a Diocese e para aprofundar o conhecimento de seu serviço e de pastoral. Também se faz importante e necessário desenvolver fundos de solidariedade entre as paróquias e as comunidades da Diocese, pois as paróquias mais antigas e estáveis economicamente têm o dever missionário de partilhar seus recursos, para que outras comunidades possam crescer e se estabelecer. Seja nos recursos materiais ou nos humanos, a partilha entre as comunidades é fundamental, de forma que nelas não existam necessitados (At 2,45).
 5- A transmissão da fé: novas linguagens. Atualmente, se multiplicam os canais de comunicação, mas ao mesmo tempo, se fragmentam os conteúdos. Diante das novas possibilidades de comunicação e dos novos tipos de relacionamentos que a mídia possibilita, a comunidade também interage de forma diferenciada com seus fiéis. Na evangelização e na pastoral persistem linguagens pouco significativas para a cultura atual, especialmente para os jovens, e a renovação paroquial não pode descuidar da mutação dos códigos de comunicação existentes em nossa sociedade com amplo pluralismo social e cultural. Também é importante promover uma comunicação mais direta e objetiva, principalmente, nas homilias alicerçadas na Palavra de Deus e na vida. Isso implica cuidar do conteúdo e das técnicas de comunicação.
 6- Proposições. Para concluir e sintetizar esse estudo, são apresentados oito elementos que devem servir de base para a renovação paroquial. São eles: Criatividade: frente à complexidade e pluralidade do mundo atual, o cristão necessita de muita criatividade para levar a palavra de Jesus nos mais diversos contextos, adaptando-se às diferentes situações. Pequenas comunidades: favorecem a reunião de grupos que se reúnem para viver a sua fé, alimentar sua espiritualidade e crescer na convivência. Ministério dos leigos: os inúmeros ministérios leigos, em especial para o anúncio da palavra, colaboram para a descentralização da paróquia. Formação: uma Igreja que se apoia cada vez mais nos leigos precisa assumir o compromisso de capacitá-los para o desafio, priorizando recursos para esse fim. Catequese de iniciação à vida cristã: Retomar a forte presença da Igreja na sociedade significa buscar os não batizados oferecendo-lhes um processo catecumenal consistente e querigmático, que deverá estar acessível também para batizados que não continuaram sua formação cristã, com a preparação para a primeira comunhão e crisma. Jovens: a juventude é sempre termômetro para a ação pastoral, por isso, é preciso que a paróquia descubra meios de dialogar com os seus jovens para, consequentemente, dialogar com a sociedade. Liturgia: a universalização e inculturação devem ser percebidas principalmente na liturgia. Não é mais aceitável existir celebrações que não se valham dos elementos da cultura local e apresentem homilias genéricas e impessoais. Caridade: as paróquias devem cuidar para acolher fraternalmente a todos, especialmente aqueles que estão caídos à beira do caminho: dependentes químicos, migrantes, desempregados, dementes, moradores de rua, sem-terra, doentes e idosos abandonados. Perdão e acolhida:  acolher melhor é uma tarefa urgente de todas as comunidades paroquiais, especialmente nas secretarias, superando a burocracia, a frieza, a impessoalidade e estabelecendo relações mais personalizadas. É importante cuidar da pastoral da acolhida, da escuta e do aconselhamento, além da importância em atrair aqueles que se afastaram da comunidade ou os que a concebem apenas como uma referência para serviços religiosos.
 Levando em conta as considerações finais do Estudo 104, a paróquia, que sempre foi uma referência para o povo em tempo de incertezas e inseguranças, continua sendo um espaço fundamental para as pessoas vivenciarem o encontro com o Cristo. A renovação exige uma Igreja ministerial, uma estrutura pastoral que integre em redes todas as comunidades, as associações, os hospitais, as escolas, as universidades, na pluralidade e diversidade de dons. Dois desafios se impõem: acolher as múltiplas formas de vida cristã e manter unidos os diferentes grupos na bela expressão comunidade de comunidades. Na fé, os cristãos devem olhar os desafios como tempo oportuno para a nova Evangelização, com a certeza que a Virgem Maria, a Mãe da Igreja, permanece unida àqueles que se esforçam para responder ao chamado de ir e Evangelizar a todos os povos! Que a comunidade/paróquia possa ser um poço de onde jorra a Água Viva, que é Cristo Jesus.

Para Refletir:
 1- Em sua opinião, qual seria a forma de organização, em pequenas comunidades, mais atrativa para a sua paróquia: territorial, por tipo de ministério ou por outro tipo de relação? Por quê?
2- De que forma você sente que o modelo de comunidade de comunidades pode ser bem aceito em sua paróquia?


3- A partir do que foi exposto, indique três mudanças que você considera essenciais para a renovação das paróquias.

sábado, 4 de janeiro de 2014

CARNAFALIA o carnaval da solidariedade

CARNAFAMILIA promovido pela Paróquia São Cristóvao chega a sua 10ª edição, este ano será realizado no dia 23 de fevereiro. 
Esta festa de carnaval que realiza-se sempre no final de semana que antecede o


período carnavalesco, é uma iniciativa da paróquia para oferecer as famílias um ambiente seguro e saudável para se divertir e festejar o carnaval, o outro objetivo do evento é arrecadar fundos para ajudar os seminários de formação Arquidiocesano (Seminário Santo Antônio e Cura D’ars)
A festa acontece no horário de 11 as 18h e o participante encontrará animação musical com participação de grupos, bandas e blocos tradicionais, diversos tipos de comidas, um ambiente fechado e seguro, brinquedos para as crianças e muita diversão sem o consumo de bebidas alcoólicas. Com a renda obtida na festa é feito o repasse anual de ajuda as casas de formação dos futuros presbíteros da Arquidiocese. 

Seja solidário de Participe!

Para participar basta comprar o abada que custa R$18,00 e no dia 23/02/2013 comparecer no Grêmio Recreativo Alvorada (Av. Gajajaras, S/Nº) no horário de 11:00 as 18:00h.
Os abadas já encontram-se a venda com os agentes de Pastorais em todas as comunidades da paróquia e na secretaria paroquial reservas pelo fone (98) 32280485 falar com Madalena.

Não perca tempo, faça um curso online!

Canal aberto para quem admira, estuda, ou tem curiosidade sobre assuntos ligados as ações litúrgicas da Igreja.