06 -Como melhorar a Pregação Sagrada
Hoje falaremos de quais são os
diferentes tipos de ouvintes que temos nas nossas pregações.
Precisamos adaptar-nos ao nosso
público ou ouvintes, tanto no conteúdo como na forma da pregação.
Crianças
No Diretório para missas com as
crianças que a Santa Sé publicou em 1973 destacam-se esses pontos:
A homilia pode ser feita em forma de
diálogo com elas.
Recomenda-se um curto silêncio
depois da homilia para que as crianças possam ir aprendendo a arte de
recolher-se para rezar a Deus.
O pregador tem que conhecer
profundamente a criança e o seu ambiente e ter algumas noções de psicologia
infantil. Ajuda explicar aqueles textos da Sagrada Escritura que são gráficos,
que apresentam acontecimentos ou sucessos, como os milagres ou as parábolas,
aptas para capturar a imaginação infantil. É necessário traduzir o Evangelho
para a linguagem da criança e para a vida dela.
Dicas:
Familiarizar a criança com Jesus.
Introduzí-las aos poucos na vida
religiosa da comunidade, explicando os sinais e vestes litúrgicas, os períodos
litúrgicos, os cantos, as partes da missa.
Ajudá-las a seguir a Jesus, que se
assemelhem com Jesus.
O tom de voz e o rosto do pregador
das crianças deve ser muito cordial, amável e simples.
Encher as pregações de exemplos e
vidas de santos.
É bom deixar uma só ideia para elas.
Ser breves.
Jovens
Cristo é o seu ideal, tem algo a
dizer-lhe e é um amigo dos jovens. Temos que apresentar a Cristo de forma tão
atraente que os jovens queiram seguí-lo e imitá-lo.
Aproveitar o otimismo do jovem, seu
impulso à ação e a nostalgia de amizade e de comunidade.
O pregador tem que demonstrar que
ama os jovens e os aceita como são: idealistas, inquietos, inseguros, etc.
Somente dessa forma se tornará jovem com os jovens e os conquistará para a
causa de Cristo. Não deve atacá-los, mas alertar, estimular e oferecer-lhes
ideais nobres e altos.
É preciso conseguir que façam a
experiência da confiança na Igreja, que sempre quer o seu bem e a sua
felicidade.
O tom com os jovens deve ser
vibrante, confiante, positivo e sempre transparente e honesto. Nunca vão perdoar
ao pregador que lhes escondeu as exigências da vida cristã. Sempre se lembrarão
do pregador que lhes explicou com respeito, mas com sinceridade, a verdade de
Cristo e da Igreja.
Adultos
Normalmente os adultos procuram uma
pregação com certa densidade, para aprofundar na sua fé.
Isso não significa que seja seca e
sem vida. Sempre falar a todas as faculdades do homem: inteligência, vontade e
coração.
É preciso comprometê-los a serem
apóstolos no seu próprio ambiente. Portanto, as pregações devem ser concretas e
com aplicações para a vida deles.
O tom do pregador de adultos tem que
ser seguro, com postura, força e sempre motivador e positivo.
Idosos e enfermos
Em muitas igrejas predomina as
pessoas anciãs e doentes, que são normalmente as de maior prática religiosa,
pois têm mais tempo para a tradição de ir à missa. Muitos como a anciã Ana e
Simeão do Evangelho, esperam o entardecer da vida na casa de Deus.
Os idosos e os enfermos não querem
que o pregador apele para a compaixão, mas querem ser compreendidos. Não querem
ser tratados infantilmente, como se fossem crianças ou débeis mentais, mas
querem ser tratados com dignidade e carinho.
Tanto o tom quanto o conteúdo das
homilias deve ser suave, amável, esperançoso e sempre carinhoso.
Deixar-lhes ver como podem ajudar os
seus netos com o seu exemplo e a sua fé, e, se estiverem doentes, que ofereçam
as suas dores pela Igreja, pelo Papa, pelas vocações e pela humanidade
necessitada.
Com religiosas e sacerdotes
Deve ser profunda, com certa
originalidade ao tratar os temas, porque são pessoas já cultivadas, não podem
estar escutando sempre os temas do mesmo modo.
O pregador tem que ter muita unção.
Valorizar a sua entregra ao Senhor
para que cresçam no seu amor a Cristo e estejam orgulhosos de pertencer a Ele.
Ajudaria muito apresentar-lhes os
Santos Padres e os documentos da Igreja unidos ao assunto que está sendo
tratado.
Têm que ser homilias e palestras, de
preferência, breves, mas densas, positivas, motivadoras, e com um tom cordial,
alegre e cheio de bondade.
Com os pobres e necessitados
É o público mais receptivo e amável
que nós temos como sacerdotes, o mais gratificante, e o que mais enche o nosso
coração sacerdotal de alegria, simpatia e profundo amor, como acontecia com
Jesus. Eles nos evangelizam em cada pregação que damos. Seus olhos atenciosos,
seu sorriso sincero, seu abraço carinhoso, sua família numerosa que a cada
semana participa da missa… é para nós um incentivo para a nossa fidelidade como
sacerdotes.
Temos que falar-lhes com muita simplicidade,
carinho, amor e clareza. Basta uma verdade tirada das leituras bíblicas e
explicada mais com o coração do que com a razão. Os pobrem têm que sentir que
são os mimados e privilegiados de Cristo e da Igreja.
Não esqueçamos de apresentar algum
exemplo da vida dos santos, que seja para eles um estímulo para as suas
próprias vidas.
A cada semana ele têm que levar
algo, não só no coração, mas também nas mãos, como manifestação da caridade da
comunidade paroquial.
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