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Solenidade de Pentecostes, um convite a sermos dócil ao Espírito

P ercorremos exatos cinquenta dias do tempo Pascal e com a solene celebração de Pentecostes [1] chegamos ao fim deste tempo e ret...

terça-feira, 30 de abril de 2013

Jornada mundial da Juventude


Eis que se aproximam os dias
Menos de três meses faltam para a Jornada Mundial da Juventude! O Brasil será o país onde o Papa Francisco fará a primeira viagem internacional do seu pontificado. Estará com os jovens do mundo presidindo este belo evento criado pelo Beato Papa João Paulo II.
O primeiro Papa latino-americano estará vivendo conosco a beleza da celebração de mais uma JMJ. Momento único para nós do Brasil e, em especial, do Rio de Janeiro. Após 26 anos ela retorna à América Latina!
Quando em agosto de 2011, ao final da missa de envio na Jornada de Madri, foi anunciado o Rio de Janeiro como a próxima sede, parecia que estávamos muito longe. Depois, em setembro do mesmo ano, tivemos a chegada dos símbolos da JMJ: a cruz da juventude e o ícone de Nossa Senhora. Hoje eles já estão no Rio de Janeiro, e daqui só sairão para Roma que, no próximo Domingo de Ramos, entregará para a cidade que será a nova sede da JMJ.
A semana que finda foi trabalhosa para a direção do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ. Esteve entre nós o responsável por organizar as visitas do Papa que, juntamente com as autoridades locais, municipais, estaduais e federais estudou os possíveis passos do Santo Padre aqui em nossa cidade. Contamos com a colaboração das forças de segurança, policiais, bombeiros, forças armadas, a secretaria dos grandes eventos, os serviços municipais, estaduais e federais e tantos outros. As consultas, as opiniões, as ideias ajudaram a compor a proposta geral, que está sendo levada para a opinião e possível aprovação do Papa Francisco.
No dia 7 de maio será divulgada oficialmente a agenda do Papa no Brasil, quando teremos a Nota Oficial da Santa Sé sobre os passos e a confirmação dos eventos principais de que o Santo Padre participará.
Nesses dias de convivência com tantas pessoas dos diversos escalões e de tantas situações diferentes, pude apreender o quanto todos estão motivados para este momento ímpar. É o nosso investimento para o presente e o futuro. Investir na juventude: eis o grande segredo! Apoiá-los nos sonhos de construção de um mundo mais justo e humano. A humanidade necessita desse oxigênio sempre novo que o mundo juvenil nos traz. Necessitamos ser desafiados e chamados a superar os desânimos que muitas vezes nos tornam pessoas amargas e azedas. O jovem nos coloca a caminho de desafios dos grandes ideais que todos sonham para o mundo e para a sociedade.
Teremos, sim, muitos legados sociais, ecológicos, espirituais, mas a esperança colocada nos olhos, na vida, no coração, na mente da juventude não tem preço: é a beleza de olhar para o futuro com esperança e confiança.
E certamente tudo isso é possível porque na base de todo esse trabalho está a preocupação com o bem de quem experimentou o amor de Deus em sua vida e não tem outra razão de viver a não serem Cristo Jesus. Sim, a vida de fé em Cristo é que nos faz mover e nos desgastar pelo bem da sociedade, inspirando-nos nos desafios juvenis.
Milhares de jovens de mais de 165 países já estão inscritos. Muitos ainda virão. Tenho certeza de que a experiência alegre da acolhida que os cariocas e fluminenses farão com seus irmãos de outras regiões, nos fará ter a experiência de que um mundo novo é possível por causa de Cristo Ressuscitado.
Esta semana, com seus desafios, mudanças, estudos, aprofundamentos, preocupações, cobranças e a busca comum de soluções, com os corações abertos à graça de Deus, já experimentamos que isso é possível. O pensar no bem para agir fazendo o bem foi o norte desses intensos dias. Temos certeza de que inspirarão novos tempos.
As dificuldades existem e também virão. Teremos os problemas dos que não acreditam na vida e não têm esperança no futuro. Sentiremos a problemática da divisão e da violência. Sabemos que as pedras do caminho só confirmarão o caminho bom empreendido, pois estaremos ainda mais próximos d’Aquele que o Pai enviou para salvar a humanidade: Jesus Cristo, nosso Senhor.
E é Ele que, no monumento no alto do Corcovado, de braços abertos acolhe a todos, também tem um coração que cabe todos nós que andamos em busca da luz e da vida. É esta a oportunidade de servir os irmãos e nos encontrarmos com Cristo.
Rezemos, acolhamos, vivamos, participemos, preparemo-nos: eis que se aproximam os dias!
Tenham todos uma santa JMJ Rio 2013!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ  
RIO DE JANEIRO, 29 de Abril de 2013
Fonte: Zenit.org

domingo, 14 de abril de 2013

I SEMANA PAROQUIAL DO DIZIMO - PAROQUIA SÃO CRISTOVÃO

Como parte do exercício do meu ministério diaconal durante este ano (2013) me foi solicitado fazer o acompanhamento da PASTORAL DO DIZIMO da Paróquia São Cristóvão (São Luis/MA). Tem sido uma experiencia muito boa, durante este meses organizamos atividades de encontro para fazer um diagnóstico da pastoral  (situação das atividades em cada comunidade, numero de agentes, dias de reuniões, que atividades desenvolvem, situação do atendimento, momentos de espiritualidade, formação e ação social. etc) Após estes levantamentos planejamos os encontros paroquiais com reuniões mensais e agora iremos realizar de 21 a 28/04 a primeira semana Paroquial do Dizimo da Paróquia São Cristóvão. A Pastoral sempre desenvolveu momentos de reflexão chamados de  tríduos dizimistas, porem, cada comunidade o fazia em datas separadas no decorrer dos meses do ano e percebeu-se que estas atividades soltas quase sempre não atingiam os resultados esparados, dai resolvemos desenvolver um evento único onde simultaneamente todas as comunidades realizam as mesmas atividade com reflexões em torno de um único tema. A Semana Paroquial do Dizimo pretende chamar a atenção para o trabalho paroquial dos agentes, bem como gerar o amadurecimento e esclarecimento do papel do cristão (que grato as imensuráveis graças recebida de Deus) assume sua co-responsabilidade com a missão salvífica de Jesus e é essa consciência que o leva a devolver pelo menos 10% de tudo (inteligencia, força, bens, renda. etc.) que de graça recebeu do Altíssimo. A Temática escolhida para esta semana é DIZIMO ATO DE FÉ E CONVERSÃO  e para aprofundamento deste eixo de reflexão temos o lema PARTILHA QUE GERA COMUNHÃO, durante os dias da semana serão ministrados esclarecimentos sobre as três dimensões da pastoral dizimo e trabalhos de caridade e visitas domiciliares.  
Após a realização deste evento estarei compartilhado todos os resultados desta gostosa experiência e aguardamos as considerações dos nossos leitores. considerações.

Saudações fraternas,

Diac. Carlos Ericeira

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Feliz Páscoa!


Cristo Ressuscitou!  verdadeiramente ressuscitou, aleluia.
               Após o período quaresmal, mais uma vez celebramos a páscoa anual dos cristãos. O ritmo da vida atual e o ciclo da história está nos questionando, como então apresentamos o nosso coração, após, este passar do um estado de putrefação para um corpo glorioso?; Como reconhecemos este amanhecer do sol que não conhece o ocaso?, Onde está a vitória da vida sobre tudo o que gera a morte?. Em cada um de nós, podemos realmente dizer é páscoa?
Cristo ressuscitou! É quer se mostrar ressuscitado em cada ser humano que celebra com o seu testemunho de vida a Páscoa de Nosso Senhor, neste sentido irmãos e missionários a Igreja precisa urgentemente transfigurar-se em um lugar cada vez mais fértil para ações da justiça, do perdão e do amor. Muito embora no contexto global da vida humana pareça que tudo está exatamente igual e quando voltamos nosso olhar para a pessoa, a comunidade e a sociedade o que se destaca são as forças negras do  mal que corrompe, destrói e mata, professemos que a páscoa realizou e realiza-se a cada momento até o dia em que atingirá sua plenitude em tudo e em todos.   
È tempo novo, é tempo de páscoa, sejamos o sinal, a seta que indica que a manifestação divina aconteceu e resgatou da morte toda a criação, ressurgida para a vida e vida em plenitude.
O todos leitores do blog cmliturgo e o jornal A Palavra Viva desejo,

Feliz Páscoa!
Diácono Carlos Ericeira

segunda-feira, 1 de abril de 2013


A ABSOLVIÇÃO[1]

Frei José Ariovaldo da Silva, OFM


A absolvição é uma ação do sacerdote, ação simbólico-sacramental, pela qual, em virtude do mistério pascal e pela ação do Espírito Santo, na mediação eclesial, o penitente é reconciliado com Deus e com a Igreja. A oração que o ministro pronuncia é de uma densidade bíblica e teológica incalculável. É só prestar bem atenção na fórmula:
Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.
Primeiro cita-se o nome de Deus. Neste nome podemos vê-lo como o Criador. E, como Criador, ele se revelou como Pai (nosso familiar, portanto). Por isso, o chamamos de Pai. Como familiar nosso (nosso Pai), é caracterizado por um atributo peculiar: misericordioso (Pai de misericórdia, que desce e ouve o clamor da humanidade).
Mas vamos adiante. A humanidade em geral e o pecador que está recebendo o perdão, concretamente, se afastaram do Senhor por sua desobediência e orgulho. Mas Deus, por assim dizer, fica chateado com esta atitude orgulhosa, desobediente e rebelde do ser humano. Assim, “neste transfundo aparece Cristo, que ‘se despojou e se rebaixou até a morte’ (cf. Fl 2,7-8); com sua atitude humilde e obediente, Cristo muda o rosto da humanidade; agora, pela obediência de Cristo, a humanidade é santa e agradável a Deus. O corpo santo de Jesus, destruído na cruz, vem a ser, então, como que a imagem – o ‘símbolo’ ou o ‘sacramento’ – de como foi destruído o pecado dos seres humanos: ‘Carregou nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos para o pecado, vivêssemos para a justiça’ (1Pd 2,24). Por isso que a fórmula litúrgica diz: ‘Deus reconciliou o mundo pela morte do seu Filho’. Aquele que não tinha nada a ver com o pecado, diz Paulo, ‘Deus o fez pecado por nós, para que nele fôssemos justiça de Deus’ (2Cor 5,21)”. Mas não só a morte do Senhor!... Também se fala da sua ressurreição. Como afirma Paulo: ele foi “entregue por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação” (Rm 4,25). “Por isso vale a pena insistir que também a ressurreição, aludida na fórmula, é ‘sacramento’ ou símbolo do perdão. Com efeito, se o corpo do Senhor destruído na cruz simboliza o pecado humano destruído, este mesmo corpo glorificado e colocado à direita do Pai – um homem verdadeiro como nós, sentado junto de Deus – simboliza intensamente a reconciliação da humanidade com Deus e é o início da humanidade reconciliada e amiga de Deus: ‘Na pessoa de Cristo Deus nos fez sentar com ele no céu’ (Ef 2,6)”. Como se vê, a Igreja, diante dos sinais de conversão do penitente, “faz o memorial das grandes ações do mistério pascal do Senhor que, em nome da humanidade..., passa deste mundo de pecado ao reino da luz do Pai. E este memorial, tornado presente nas palavras e gestos do ministro, faz com que o Amor de Deus – o Espírito Santo – que ressuscitou Cristo dentre os mortos (Rm 8,10), seja derramado de novo também sobre o pecador. É o que expressa a bonita fórmula de absolvição” [2], através da qual o pecador acolhe o perdão e a paz que lhe vêm do mistério pascal, sendo libertado da escravidão do pecado para estar livre para Deus.
A oração da fórmula é acompanhada pelo importantíssimo gesto da imposição das mãos, ou pelo menos da mão direita, símbolo da transmissão do Espírito Santo para o perdão dos pecados.
Enfim, a fórmula conclui celebrando o fato de que toda a reconciliação é obra da própria Trindade agindo mediante pessoa do ministro representante da Igreja: “E eu te absolvo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

 

Perguntas para reflexão pessoal ou em grupos:

1.       Vamos retomar a fórmula da absolvição e comentar o seu conteúdo.
2.       Qual a imagem de Deus que aí transparece?  O que a reconciliação faz acontecer em nossa vida?
3.       Qual a importância do gesto da imposição das mãos?




[1]  Palestra proferida no Seminário sobre a Reconciliação, realizado em fevereiro 2007, e publicado na coleção Estudos da CNBB, no. 96, Deixai-vos Reconciliar, Edições CNBB, pág. 32-34.

[2] FARNÉS, Pere. Los gestos litúrgicos en la celebración de la Penitencia, p. 37.

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