Canal aberto para quem admira, estuda, ou tem curiosidade sobre assuntos ligados as ações litúrgicas da Igreja.
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Solenidade de Pentecostes, um convite a sermos dócil ao Espírito
P ercorremos exatos cinquenta dias do tempo Pascal e com a solene celebração de Pentecostes [1] chegamos ao fim deste tempo e ret...
quarta-feira, 30 de março de 2011
LITURGIA DIÁRIA
Leituras Relacionadas ao dia 30/03/2011 - CNBB
Roxo. 4ª-feira da 3ª Semana Quaresma
1ª Leitura - Dt 4,1.5-9
Cumpri e praticai as leis e decretos.
Leitura do Livro do Deuteronômio 4,1.5-9
Moisés falou ao povo, dizendo:
1"Agora, Israel, ouve as leis e os decretos
que eu vos ensino a cumprir,
para que, fazendo-o, vivais
e entreis na posse da terra prometida
que o Senhor Deus de vossos pais vos vai dar.
5Eis que vos ensinei leis e decretos
conforme o Senhor meu Deus me ordenou,
para que os pratiqueis na terra em que ides entrar
e da qual tomareis posse.
6Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática,
porque neles está vossa sabedoria
e inteligência perante os povos,
para que, ouvindo todas estas leis, digam:
"Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!
7Pois, qual é a grande nação
cujos deuses lhe são tão próximos
como o Senhor nosso Deus,
sempre que o invocamos?
8E que nação haverá tão grande
que tenha leis e decretos tão justos,
como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?
9Mas toma cuidado!
Procura com grande zelo não te esqueceres
de tudo o que viste com os próprios olhos,
e nada deixes escapar do teu coração
por todos os dias de tua vida;
antes, ensina-o a teus filhos e netos.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 147, 12-13. 15-16. 19-20 (R. 12a)
R. Glorifica o Senhor, Jerusalém!
12Glorifica o Senhor, Jerusalém!*
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
13Pois reforçou com segurança as tuas portas,*
e os teus filhos em teu seio abençoou.R.
15Ele envia suas ordens para a terra,*
e a palavra que ele diz corre veloz.
16ele faz cair a neve como a lã *
e espalha a geada como cinza.R.
19Anuncia a Jacó sua palavra,*
seus preceitos suas leis a Israel.
20Nenhum povo recebeu tanto carinho,*
a nenhum outro revelou os seus preceitos.R.
Evangelho - Mt 5,17-19
Aquele que praticar e ensinar os mandamentos,
este será considerado grande.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,17-19
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir,
mas para dar-lhes pleno cumprimento.
18Em verdade, eu vos digo:
antes que o céu e a terra deixem de existir,
nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei,
sem que tudo se cumpra.
l9Portanto, quem desobedecer
a um só destes mandamentos, por menor que seja,
e ensinar os outros a fazerem o mesmo,
será considerado o menor no Reino dos Céus.
Porém, quem os praticar e ensinar
será considerado grande no Reino dos Céus.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Mt 5, 17-29
Todos nós estamos de acordo que devemos obedecer a Deus, mas não estamos muito de acordo se perguntarmos por que devemos obedecer a Deus. Isto porque existem duas formas de obediência. A primeira é a obediência de quem reconhece o poder de quem manda e se submete a este poder por causa das vantagens da obediência ou das conseqüências da desobediência. É aquele que diz que manda quem pode e obedece quem tem juízo. A segunda é de quem reconhece os valores que motivam a autoridade e assume esses valores como próprios, vendo na obediência a grande forma de concretização desses valores. Jesus não veio mudar a lei, mas mostrar as suas motivações, os seus valores, a fim de que a sua observância não seja um jugo, mas uma forma de realização pessoal.
terça-feira, 29 de março de 2011
REFLEXÕES SOBRE A QUARESMA - 4ª parte
Jejum e abstinência
O jejum consiste em fazer uma só refeição forte ao dia. A abstinênica consiste em não comer carne. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum. A abstinência é obrigatória a partir dos quatorze anos e o jejum dos dezoito aos cinqüenta e nove anos de idade.
Com estes sacrifícios, trata-se de que todo nosso ser (alma e corpo) participe em um ato onde reoconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.
O jejum e a abstinênica podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.
Por que o Jejum?
É necessário dar uma profunda resposta a esta pergunta, para que fique clara a relação entre o jejum e a conversão, isto é, a transformação espiritual que aproxima o homem a Deus.
O abster-se de comida e bebida tem com como fim introduzir na existência do homem não somente o eqüilíbrio necessário, mas também o desprendimento do que se poderia definir como "atitude consumística".
Tal atitude veio a ser em nosso tempo uma das características da civilização ocidental. O homem, orientado aos bens materiais, muito freqüentemente abusa deles. A civilização se mede então segundo quantidade e a qualidade das coisas que estão em condições de prover ao homem e não se mede com a medida adequada ao homem.
Esta civilização de consumo fornece os bens materiais não somente para que sirvam ao homem em ordem a desenvolver as atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazer os sentidos, a excitação que deriva deles, o prazer, uma multiplicação de sensações cada vez maior.
O homem de hoje deve abster-se de muitos meios de consumo, de estímulos, de satisfação dos sentidos, jejuar significa abster-se de algo. O homem é ele mesmo quando consegue dizer a si mesmo: Não.
Não é uma renúncia pela renúncia: mas para melhor e mais equilibrado desenvolvimento de si mesmo, para viver melhor os valores superiores, para o domínio de si mesmo.
Fonte: Agência ACI Digital
LITURGIA DIÁRIA
Leituras Relacionadas ao dia 29/03/2011 - CNBB
Roxo. 3ª-feira da 3ª Semana Quaresma
1ª Leitura - Dn 3,25.34-43
De alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos.
Leitura da Profecia de Daniel 3,25.34-43
Naqueles dias:
25Azarias, parou e, de pé,
começou a rezar;
abrindo a boca no meio do fogo, disse:
34"Oh! não nos desampares nunca,
nós te pedimos, por teu nome,
não desfaças tua aliança
35nem retires de nós tua benevolência,
por Abraão, teu amigo,
por Isaac, teu servo,
e por Israel, teu Santo,
36aos quais prometeste
multiplicar a descendência como estrelas do céu
e como areia que está na beira do mar;
37Senhor, estamos hoje
reduzidos ao menor de todos os povos,
somos hoje o mais humilde em toda a terra,
por causa de nossos pecados;
38neste tempo estamos
sem chefes, sem profetas, sem guia,
não há holocausto nem sacrifício,
não há oblação nem incenso,
não há um lugar para oferecermos
em tua presença as primícias,
e encontrarmos benevolência;
39mas, de alma contrita e em espírito de humildade,
sejamos acolhidos,
e como nos holocaustos de carneiros e touros
40e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos,
assim se efetue hoje
nosso sacrifício em tua presença,
e tu faças que nós te sigamos até ao fim;
nóo se sentirá frustrado
quem põe em ti sua confiança.
41De agora em diante, queremos, de todo o coração,
seguir-te, temer-te, buscar tua face;
42não nos deixes confundidos,
mas trata-nos segundo a tua clemência
e segundo a tua imensa misericórdia;
43liberta-nos com o poder de tuas maravilhas
e torna teu nome glorificado, Senhor".
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 24, 4bc-5ab. 6-7. 8-9 (R. 6a)
R. Recordai, Senhor, a vossa compaixão!
4bMostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,*
4ce fazei-me conhecer a vossa estrada!
5aVossa verdade me oriente e me conduza,*
5bporque sois o Deus da minha salvação.R.
6Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura *
e a vossa compaixão que são eternas!
7bDe mim lembrai-vos, porque sois misericórdia*
7ce sois bondade sem limites, ó Senhor!R.
8O Senhor é piedade e retidão,*
e reconduz ao bom caminho os pecadores.
9Ele dirige os humildes na justiça,*
e aos pobres ele ensina o seu caminho.R.
Evangelho - Mt 18,21-35
Não te digo perdoar até sete vezes,
mas até setenta vezes sete.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-35
Naquele tempo:
21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
"Senhor, quantas vezes devo perdoar,
se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?"
22Jesus respondeu:
"Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23Porque o Reino dos Céus é como um rei
que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24Quando começou o acerto,
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25Como o empregado não tivesse com que pagar,
o patrão mandou que fosse vendido como escravo,
junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía,
para que pagasse a dívida.
26O empregado, porém, caíu aos pés do patrão,
e, prostrado, suplicava:
`Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo".
27Diante disso, o patrão teve compaixão,
soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao sair dali,
aquele empregado encontrou um dos seus companheiros
que lhe devia apenas cem moedas.
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
`Paga o que me deves".
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava:
`Dá-me um prazo! e eu te pagarei".
30Mas o empregado nóo quis saber disso.
Saiu e mandou jogá-lo na prisão,
até que pagasse o que devia.
31Vendo o que havia acontecido,
os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
`Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida,
porque tu me suplicaste.
33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro,
como eu tive compaixão de ti?"
34O patrão indignou-se
e mandou entregar aquele empregado aos torturadores,
até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco,
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão."
Palavra da Salvação.
Reflexão - Mt 18, 31-35
O Evangelho nos surpreende muitas vezes ao usar determinados termos que, à primeira vista, nos parecem totalmente descabidos em relação a Deus. O texto de hoje nos mostra Deus indignado por causa da falta de perdão. Como pode Deus indignar-se, o Altíssimo ter a sua dignidade ferida? Este texto nos mostra uma realidade muito profunda: se o pecado fere a dignidade humana, a ausência do perdão fere a dignidade divina. Por que? Porque Deus é amor, é misericórdia, e negar o amor e a misericórdia é negar o próprio Deus na sua essência. Negar o perdão é negar que Deus é amor e misericórdia e impedir que ele aja com amor e misericórdia em relação a nós mesmos, e impedir a ação misericordiosa de Deus é causar-lhe indignação.
LITURGIA DIÁRIA
Leituras Relacionadas ao dia 28/03/2011 - CNBB
Roxo. 2ª-feira da 3ª Semana Quaresma
1ª Leitura - 2Rs 5,1-15a
Havia muitos leprosos em Israel. Contudo,
nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.
Leitura do Segundo Livro dos Reis 5,1-15a
Naqueles dias:
1Naamã, general do exército do rei da Síria,
era um homem muito estimado e considerado pelo seu senhor,
pois foi por meio dele
que o Senhor concedeu a vitória aos arameus.
Mas esse homem, valente guerreiro, era leproso.
2Ora, um bando de arameus que tinha saído da Síria,
tinha levado cativa uma moça do país de Israel.
Ela ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3Disse ela à sua senhora:
"Ah, se meu senhor se apresentasse
ao profeta que reside em Samaria,
sem dúvida, ele o livraria da lepra de que padece!"
4Naamã foi então informar o seu senhor:
"Uma moça do país de Israel disse isto e isto".
5Disse-lhe o rei de Aram: "Vai,
que eu enviarei uma carta ao rei de Israel".
Naamã partiu,
levando consigo dez talentos de prata,
seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.
6E entregou ao rei de Israel a carta, que dizia:
"Quando receberes esta carta,
saberás que eu te enviei Naamã, meu servo,
para que o cures de sua lepra".
7O rei de Israel, tendo lido a carta,
rasgou suas vestes e disse:
"Sou Deus, porventura,
que possa dar a morte e a vida,
para que este me mande um homem para curá-lo de lepra?
Vê-se bem que ele busca pretexto contra mim".
8Quando Eliseu, o homem de Deus,
soube que o rei de Israel havia rasgado as vestes,
mandou dizer-lhe: "Por que rasgaste tuas vestes?
Que ele venha a mim,
para que saibas que há um profeta em Israel".
9Então Naamã chegou com seus cavalos e carros,
e parou à porta da casa de Eliseu.
10Eliseu mandou um mensageiro para lhe dizer:
"Vai, lava-te sete vezes no Jordão,
e tua carne será curada e ficarás limpo".
11Naamã, irritado, foi-se embora, dizendo:
"Eu pensava que ele sairia para me receber
e que, de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus,
e que tocaria com sua mão o lugar da lepra
e me curaria.
12Será que os rios de Damasco, o Abana e o Farfar,
não são melhores do que todas as águas de Israel,
para eu me banhar nelas e ficar limpo?"
Deu meia-volta e partiu indignado.
13Mas seus servos aproximaram-se dele
e disseram-lhe: "Senhor, se o profeta te mandasse fazer
uma coisa difícil, não a terias feito?
Quanto mais agora que ele te disse:
"Lava-te e ficarás limpo" ".
14Então ele desceu e mergulhou sete vezes no Jordão,
conforme o homem de Deus tinha mandado,
e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha,
e ele ficou purificado.
15aEm seguida, voltou com toda a sua comitiva
para junto do homem de Deus.
Ao chegar, apresentou-se diante dele e disse:
"Agora estou convencido
de que não há outro Deus em toda a terra,
senão o que há em Israel!
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 41, 2. 3; Sl 42, 3. 4 (R. 41,3)
R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:>
e quando verei a face de Deus?
41,2Assim como a corça suspira*
pelas águas correntes,
suspira igualmente minh"alma
por vós, ó meu Deus!R.
3A minh"alma tem sede de Deus,*
e deseja o Deus vivo.
Quando terei a alegria de ver*
a face de Deus?R
42.3Enviai vossa luz, vossa verdade:*
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso Monte santo,*
até a vossa morada!R.
4Então irei aos altares do Senhor,*
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei, ao som da harpa,*
meu Senhor e meu Deus!R.
Evangelho - Lc 4,24-30
Jesus, como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,24-30
Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga:
24"Em verdade eu vos digo que nenhum profeta
é bem recebido em sua pátria.
25De fato, eu vos digo:
no tempo do profeta Elias,
quando não choveu durante três anos e seis meses
e houve grande fome em toda a região,
havia muitas viúvas em Israel.
26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias,
senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu,
havia muitos leprosos em Israel.
Contudo, nenhum deles foi curado,
mas sim Naamã, o sírio."
28Quando ouviram estas palavras de Jesus,
todos na sinagoga ficaram furiosos.
29Levantaram-se e o expulsaram da cidade.
Levaram-no até ao alto do monte
sobre o qual a cidade estava construída,
com a intenção de lançá-lo no precipício.
30Jesus, porém, passando pelo meio deles,
continuou o seu caminho.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 4, 24-30
Todas as pessoas ficam contentes quando as outras pessoas falam o que elas querem ouvir, mas nem todas as pessoas ficam contentes quando os outras pessoas falam o que elas precisam ouvir. Todos queriam que Jesus falasse de uma religião onde manipulariam o próprio Deus através de ritualismos, onde Deus seria o servidor e o homem o servido, onde Deus teria apenas deveres e obrigações e os homens direitos, onde Deus teria que agir o tempo inteiro para corrigir as conseqüências das irresponsabilidades humanas. Como não era esse o conteúdo da pregação de Jesus, que não cedeu ao jogo do poder e dos privilégios da sua época, os seus concidadãos o excluíram e quiseram matá-lo.
domingo, 27 de março de 2011
FORMAÇÃO LITÚRGICA - CICLO PASCAL / ANO LITURGICO
No ultimo encontro de formação com os agentes de pastoral da Igreja de Nossa Senhora dos Remédio - Centro de São Luis/MA fizemos uma dinâmica de grupo onde os participantes deviam interagir entre si na busca das respostas para as questionamentos abaixo relacionados, esta dinâmica ajuda no melhor entendimento do Ciclo Pascal dentro do Ano Litúrgico, além de favorecer o entrosamento entre as pessoas.
Voçê que nos acompanha e esta interagindo com nossas atividades,participe também das atividades da turma respondendo os questionamentos e nos envie sua mensagem, conclusões e experiências.
Aguardo sua resposta!
ANO LITÚRGICO
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Analisando o gráfico do Ano Litúrgico, responda os seguintes questionamentos:
a) Quando começa e termina o ciclo Pascal?
b) Quem é o centro do Ano Litúrgico?
c) Quem é o centro do Ciclo Pascal e por quê?
d) Todo ciclo do ano litúrgico é constituído do antes, o centro e o depois. No ciclo pascal quem é o antes, o centro e o depois e onde começa e termina cada um destes períodos?
e) Quais os símbolos mais significativos do Ciclo Pascal?
Leituras Relacionadas ao dia 27/03/2011 - CNBB
Roxo. 3º Domingo Quaresma
1ª Leitura - Ex 17,3-7
Dá-nos água para beber!
Leitura do Livro do Êxodo 17,3-7
Naqueles dias:
3O povo, sedento de água, murmurava contra Moisés e
dizia: "Por que nos fizeste sair do Egito?
Foi para nos fazer morrer de sede,
a nós, nossos filhos e nosso gado?"
4Moisés clamou ao Senhor, dizendo:
"Que farei por este povo? Por pouco não me apedrejam!"
5O Senhor disse a Moisés: "Passa adiante do povo
e leva contigo alguns anciãos de Israel.
Toma a tua vara com que feriste o rio Nilo e vai.
6Eu estarei lá, diante de ti, sobre o rochedo,
no monte Horeb.
Ferirás a pedra e dela sairá água para o povo beber".
Moisés assim fez na presença dos anciãos de Israel.
7E deu àquele lugar o nome de Massa e Meriba,
por causa da disputa dos filhos de Israel
e porque tentaram o Senhor, dizendo:
"O Senhor está no meio de nós, ou não?"
Palavra do Senhor
Salmo - Sl 94,1-2.6-7.8-9 (R. 8)
R. Não fecheis o coração, ouví, hoje, a voz de Deus!
1Vinde, exultemos de alegria no Senhor,*
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2Ao seu encontro caminhemos com louvores,*
e com cantos de alegria o celebremos!R.
6Vinde adoremos e prostremo-nos por terra,*
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
7Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho,*
as ovelhas que conduz com sua mão.R.
8Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:*
"Não fecheis os corações como em Meriba,
9como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram,*
apesar de terem visto as minhas obras".R.
2ª Leitura - Rm 5,1-2.5-8
O amor foi derramado em nós pelo
Espírito que nos foi dado.
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 5,1-2.5-8
Irmãos:
1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus,
pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo.
2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça,
na qual estamos firmes e nos gloriamos,
na esperança da glória de Deus.
5E a esperança não decepciona,
porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6Com efeito, quando éramos ainda fracos,
Cristo morreu pelo ímpios, no tempo marcado.
7Dificilmente alguém morrerá por um justo;
por uma pessoa muito boa,
talvez alguém se anime a morrer.
8Pois bem, a prova de que Deus nos ama
é que Cristo morreu por nós,
quando éramos ainda pecadores.
Palavra do Senhor.
Evangelho - Jo 4,5-42
Uma fonte de água que jorra para a vida eterna.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 4,5-42
Naquele tempo:
5Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar,
perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José.
6Era aí que ficava o poço de Jacó.
Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço.
Era por volta do meio-dia.
7Chegou uma mulher da Samaria para tirar água.
Jesus lhe disse: "Dá-me de beber".
8Os discípulos tinham ido à cidade
para comprar alimentos.
9A mulher samaritana disse então a Jesus:
"Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber
a mim, que sou uma mulher samaritana?"
De fato, os judeus não se dão com os samaritanos.
10Respondeu-lhe Jesus:
"Se tu conhecesses o dom de Deus
e quem é que te pede: "Dá-me de beber`,
tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva."
11A mulher disse a Jesus:
"Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo.
De onde vais tirar a água viva?
12Por acaso, és maior que nosso pai Jacó,
que nos deu o poço e que dele bebeu,
como também seus filhos e seus animais?"
13Respondeu Jesus:
"Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo.
14Mas quem beber da água que eu lhe darei,
esse nunca mais terá sede.
E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de
água que jorra para a vida eterna."
15A mulher disse a Jesus:
"Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais
sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la."
16Disse-lhe Jesus:
"Vai chamar teu marido e volta aqui".
17A mulher respondeu: "Eu não tenho marido".
Jesus disse:
"Disseste bem, que não tens marido,
18pois tiveste cinco maridos,
e o que tens agora não é o teu marido.
Nisso falaste a verdade."
19A mulher disse a Jesus:
"Senhor, vejo que és um profeta!
20Os nossos pais adoraram neste monte
mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar".
21Disse-lhe Jesus: "Acredita-me, mulher:
está chegando a hora em que nem neste monte,
nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22Vós adorais o que não conheceis.
Nós adoramos o que conhecemos,
pois a salvação vem dos judeus.
23Mas está chegando a hora, e é agora,
em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e verdade.
De fato, estes são os adoradores que o Pai procura.
24Deus é espírito e aqueles que o adoram
devem adorá-lo em espírito e verdade."
25A mulher disse a Jesus:
"Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar.
Quando ele vier,
vai nos fazer conhecer todas as coisas".
26Disse-lhe Jesus:
"Sou eu, que estou falando contigo".
27Nesse momento, chegaram os discípulos e ficaram
admirados de ver Jesus falando com a mulher.
Mas ninguém perguntou: "Que desejas?"
ou: "Por que falas com ela?"
28Então a mulher deixou o seu cântaro
e foi à cidade, dizendo ao povo:
29"Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz.
Será que ele não é o Cristo?"
30O povo saiu da cidade e foi ao encontro de Jesus.
31Enquanto isso, os discípulos insistiam
com Jesus, dizendo: "Mestre, come".
32Jesus, porém disse-lhes:
"Eu tenho um alimento para comer que vós não
conheceis".
33Os discípulos comentavam entre si:
"Será que alguém trouxe alguma coisa para ele comer?"
34Disse-lhes Jesus:
"O meu alimento é fazer a vontade daquele
que me enviou e realizar a sua obra.
35Não dizeis vós:
`Ainda quatro meses, e aí vem a colheita!`
Pois eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos:
eles estão dourados para a colheita!
36O ceifeiro já está recebendo o salário,
e recolhe fruto para a vida eterna.
Assim, o que semeia se alegra junto com o que colhe.
37Pois é verdade o provérbio que diz:
`Um é o que semeia e outro o que colhe`.
38Eu vos enviei para colher aquilo que não trabalhastes.
Outros trabalharam e vós entrastes no trabalho deles."
39Muitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em
Jesus, por causa da palavra da mulher que testemunhava:
`Ele me disse tudo o que eu fiz.`
40Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus
e pediram que permanecesse com eles.
Jesus permaneceu aí dois dias.
41E muitos outros creram por causa da sua palavra.
42E disseram à mulher:
"Já não cremos por causa das tuas palavras,
pois nós mesmos ouvimos e sabemos,
que este é verdadeiramente o salvador do mundo."
Palavra da Salvação.
Evangelho - Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42
Uma fonte de água que jorra para a vida eterna.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 4,5-15.19b-26.39a.40-42
Naquele tempo:
5Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar,
perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José.
6Era aí que ficava o poço de Jacó.
Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço.
Era por volta do meio-dia.
7Chegou uma mulher da Samaria para tirar água.
Jesus lhe disse: "Dá-me de beber".
8Os discípulos tinham ido à cidade
para comprar alimentos.
9A mulher samaritana disse então a Jesus:
"Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber
a mim, que sou uma mulher samaritana?"
De fato, os judeus não se dão com os samaritanos.
10Respondeu-lhe Jesus:
"Se tu conhecesses o dom de Deus
e quem é que te pede: "Dá-me de beber",
tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva."
11A mulher disse a Jesus:
"Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo.
De onde vais tirar a água viva?
12Por acaso, és maior que nosso pai Jacó,
que nos deu o poço e que dele bebeu,
como também seus filhos e seus animais?"
13Respondeu Jesus:
"Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo.
14Mas quem beber da água que eu lhe darei,
esse nunca mais terá sede.
E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de
água que jorra para a vida eterna."
15A mulher disse a Jesus:
"Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais
sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la."
19b"Senhor, vejo que és um profeta!"
20Os nossos pais adoraram neste monte
mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar".
21Disse-lhe Jesus: "Acredita-me, mulher:
está chegando a hora em que nem neste monte,
nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22Vós adorais o que não conheceis.
Nós adoramos o que conhecemos,
pois a salvação vem dos judeus.
23Mas está chegando a hora, e é agora,
em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e verdade.
De fato, estes são os adoradores que o Pai procura.
24Deus é espírito e aqueles que o adoram
devem adorá-lo em espírito e verdade."
25A mulher disse a Jesus:
"Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar.
Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas".
26Disse-lhe Jesus:
"Sou eu, que estou falando contigo".
39aMuitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em
Jesus.
40Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus
e pediram que permanecesse com eles.
Jesus permaneceu aí dois dias.
41E muitos outros creram por causa da sua palavra.
42E disseram à mulher:
"Já não cremos por causa das tuas palavras,
pois nós mesmos ouvimos e sabemos,
que este é verdadeiramente o salvador do mundo."
Palavra da Salvação.
sexta-feira, 25 de março de 2011
LITURGIA DIÁRIA
Leituras Relacionadas ao dia 25/03/2011 - CNBB
Branco. Anunciação do Senhor Solenidade
1ª Leitura - Is 7,10-14; 8,10
Eis que uma virgem conceberá.
Leitura do Livro do Profeta Isaías 7,10-14; 8,10
Naqueles dias,
10 o Senhor falou com Acaz, dizendo:
11"Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal,
quer provenha da profundeza da terra,
quer venha das alturas do céu".
12Mas Acaz respondeu:
"Não pedirei nem tentarei o Senhor".
13Disse o profeta:
"Ouvi então, vós, casa de Davi;
será que achais pouco incomodar os homens
e passais a incomodar até o meu Deus?
14Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal.
Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho,
e lhe porá o nome de Emanuel,
8,10porque Deus está conosco.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 39(40),7-8a.8b-9.10,11 (R. 8a.9a)
R. Eis que venho fazer, com prazer,
a vossa vontade, Senhor!
7Sacrifício e oblação não quisestes, *
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas, +
holocaustos por nossos pecados, *
8aE então eu vos disse: "Eis que venho!"R.
8bSobre mim está escrito no livro: +
9"Com prazer faço a vossa vontade, *
guardo em meu coração vossa lei!"R.
10Boas-novas de vossa justiça +
anunciei numa grande assembléia; *
vós sabeis: não fechei os meus lábios!R.
11Proclamei toda a vossa justiça, +
sem retê-la no meu coração; *
vosso auxílio e lealdade narrei.
Não calei vossa graça e verdade *
na presença da grande assembléia.R.
2ª Leitura - Hb 10,4-10
No livro está escrito a meu respeito:
Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade.
Leitura da Carta aos Hebreus 10,4-10
Irmãos:
4É impossível eliminar os pecados
com o sangue de touros e bodes.
5Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma:
"Tu não quiseste vítima nem oferenda,
mas formaste-me um corpo.
6Não foram do teu agrado holocaustos
nem sacrifícios pelo pecado.
7Por isso eu disse: Eis que eu venho.
No livro está escrito a meu respeito:
Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade".
8Depois de dizer:
"Tu não quiseste nem te agradaram
vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado"
coisas oferecidas segundo a Lei -
9ele acrescenta: "Eu vim para fazer a tua vontade".
Com isso, suprime o primeiro sacrifício,
para estabelecer o segundo.
10É graças a esta vontade que somos santificados
pela oferenda do corpo de Jesus Cristo,
realizada uma vez por todas.
Palavra do Senhor.
Evangelho - Lc 1,26-38
Eis que conceberás e darás à luz um filho.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38
Naquele tempo:
26O anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27a uma virgem, prometida em casamento
a um homem chamado José.
Ele era descendente de Davi
e o nome da virgem era Maria
28O anjo entrou onde ela estava e disse:
"Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!"
29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a
pensar qual seria o significado da saudação.
30O anjo, então, disse-lhe:
"Não tenhas medo, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
31Eis que conceberás e darás à luz um filho,
a quem porás o nome de Jesus.
32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo,
e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi.
33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó,
e o seu reino não terá fim".
34Maria perguntou ao anjo:
"Como acontecerá isso,
se eu não conheço homem algum?"
35O anjo respondeu:
"O Espírito virá sobre ti,
e o poder do Altissimo te cobrirá com sua sombra.
Por isso, o menino que vai nascer
será chamado Santo, Filho de Deus.
36Também Isabel, tua parenta,
concebeu um filho na velhice.
Este já é o sexto mês
daquela que era considerada estéril,
37porque para Deus nada é impossível".
38Maria, então, disse:
"Eis aqui a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra!"
E o anjo retirou-se.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 1, 26-38
Maria recebe do anjo a noticia de que seria a mãe do Messias. Como poderia acontecer isso se ela não conhece homem? Fazendo uma relação com o Evangelho de ontem, percebemos que mulheres estéreis geraram filhos por obra divina, e filhos que atuaram decisivamente na história da salvação. Maria não podia ter filhos, mas isso era fruto de sua vontade, de sua consagração virginal. E nesta "esterilidade", Deus age. E sem a atuação de um homem, mas do próprio Espírito Santo, Maria gera no seu ventre virginal aquele que é o Senhor da história e que vai mudar radicalmente a vida das pessoas.
quinta-feira, 24 de março de 2011
REFLEXÕES SOBRE A QUARESMA - 3ª parte
Normas litúrgicas
1. Com respeito ao conjunto das celebrações.
Omite-se sempre o “Aleluia” em toda celebração.
Manda-se suprimir os adornos e flores da igreja, exceto o IV Domingo. (Domingo da alegria em nosso caminho para a Páscoa). Igualmente se suprime a música de instrumentos (exceto o IV Domingo), a não ser que sejam indispensáveis para acompanhar algum canto.
As mesmas expressões de austeridade em flores e música se terão no altar da reserva eucarística e nas celebrações extralitúrgicas, e nas manifestações de piedade popular.
2. Com respeito às celebrações da eucaristia.
Exceto nos domingos e nas solenidades e festas que têm prefácio próprio, cada dia se diz qualquer dos cinco prefácios de Quaresma.
Os domingos se omite o hino do “Glória”. Este hino, diz-se apenas nas solenidades e festas.
Antes da proclamação do evangelho, tanto nas missas do domingo como nas solenidades, festas e feiras, o canto do “Aleluia” se substitui por alguma outra aclamação a Cristo. Contudo, para sublinhar melhor a distinção entre as feiras e os dias festivos, acreditam melhor omitir sempre este canto nos dias feriais. Inclusive nos domingos, é melhor omitir esta aclamação que recitá-la sem canto.
Os domingos não se pode celebrar nenhuma outra missa que não seja a do dia. Nas feiras, assinalada-las no Calendário Litúrgico com a letra (D), existe a possibilidade de celebrar alguma missa distinta da do dia. Se nas feiras quer fazer a memória de algum santo, se substitui a coleta ferial pela do santo. Outros elementos devem ser feriais (inclusive a oração sobre as ofertas e depois da comunhão).
NORMAS LITÚRGICAS COMPLEMENTARES.
1. Quarta-feira de Cinza.
A bênção e imposição da cinza se faz depois do evangelho e da homilia. Com motivo deste rito penitencial, ao começar a missa deste dia se suprime o ato penitencial acostumado. Por isso, depois que o celebrante beijou o altar, saúda o povo e, continuando, podem-se dizer as invocações, “Senhor tenha piedade”, (sem antepor outras frases, pois hoje não são o ato penitencial), e a oração coleta, e acontece com a liturgia da palavra.
Depois da homilia se faz a bênção e imposição da cinza; acabada esta, o celebrante lava as mãos e continua a celebração com a oração dos fiéis.
2. Domingo IV de Quaresma.
Por ser no domingo da alegria no caminho quaresmal para a Páscoa, durante todo no domingo IV, dos I Vésperas que se celebram na sábado anterior, é conveniente pôr flores no altar e tocar música durante as celebrações. Desta maneira se sublinha a quão fiéis esta perto a grande festa da Páscoa e que o fruto de nosso esforço quaresmal, será ressuscitar com o Senhor à vida verdadeira.
3. Feiras da V Semana de Quaresma.
As feiras da V Semana de Quaresma –antiga semana de Paixão- têm umas pequenas características próprias: sem deixar de ser tempo de Quaresma, já tomam algo da cor própria de na próxima Semana Santa e com isso inauguram, em certa maneira, a preparação do Tríduo Pascal, nos levando a contemplação da glória da cruz de Jesus Cristo.
É conveniente não esquecer que na missa, diz-se todos os dias o prefácio I da Paixão do Senhor. Recomenções e sugestões litúrgicas
fonte: Da agência ACI Digital
Presbítero maranhense é nomeado bispo coadjutor da diocese de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia
Do Site da Arquidiocese de São Luís-ma
O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 23, bispo coadjutor da diocese de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia, o padre Benedito Araújo. A nomeação atende a um pedido do bispo da diocese, dom Geraldo Verdier.
Atual pároco da paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em São Luis do Maranhão, e professor no Instituto de Estudos Superiores do Maranhão (IESMA), padre Benedito tem 47 anos e foi ordenado presbítero no dia 21 de novembro de 1991, na arquidiocese de São Luís.
Natural de Conceição, Itapecuru Mirim (MA), fez seus estudos de filosofia e teologia no Centro de Estudos Teológicos do Maranhão, atual IESMA. Tem especialização em psicopedagogia pela PUCRS e mestrado em ecumenismo pelo Institutum de Studiis Oecumenicis, em Veneza, Itália.
Padre Benedito foi reitor do Centro Vocacional Cura D´Ars; promotor vocacional; coordenador da Pastoral Vocacional do Regional Nordeste V da CNBB; Vice-reitor e Reitor do Seminário Interdiocesano Santo Antônio; Coordenador Pastoral da Arquidiocese; membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral, da Associação Regional e Nacional dos Presbíteros; vigário e pároco da paróquia Nossa Senhora de Nazaré; administrador paroquial das paróquias São Pedro e Divino Espírito Santo; pároco da paróquia Sagrada Família.
Fonte: CNBB
Do Site da Arquidiocese de São Luís-ma
O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 23, bispo coadjutor da diocese de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia, o padre Benedito Araújo. A nomeação atende a um pedido do bispo da diocese, dom Geraldo Verdier.
Atual pároco da paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em São Luis do Maranhão, e professor no Instituto de Estudos Superiores do Maranhão (IESMA), padre Benedito tem 47 anos e foi ordenado presbítero no dia 21 de novembro de 1991, na arquidiocese de São Luís.
Natural de Conceição, Itapecuru Mirim (MA), fez seus estudos de filosofia e teologia no Centro de Estudos Teológicos do Maranhão, atual IESMA. Tem especialização em psicopedagogia pela PUCRS e mestrado em ecumenismo pelo Institutum de Studiis Oecumenicis, em Veneza, Itália.
Padre Benedito foi reitor do Centro Vocacional Cura D´Ars; promotor vocacional; coordenador da Pastoral Vocacional do Regional Nordeste V da CNBB; Vice-reitor e Reitor do Seminário Interdiocesano Santo Antônio; Coordenador Pastoral da Arquidiocese; membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral, da Associação Regional e Nacional dos Presbíteros; vigário e pároco da paróquia Nossa Senhora de Nazaré; administrador paroquial das paróquias São Pedro e Divino Espírito Santo; pároco da paróquia Sagrada Família.
Fonte: CNBB
Leituras Relacionadas ao dia 24/03/2011 - CNBB
Roxo. 5ª-feira da 2ª Semana Quaresma
1ª Leitura - Jr 17,5-10
Maldito o homem que confia no homem.
Bendito o homem que põe sua confiança no Senhor.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 17,5-10
5Isto diz o Senhor:
"Maldito o homem que confia no homem
e faz consistir sua força na carne humana,
enquanto o seu coração se afasta do Senhor;
6como os cardos no deserto,
ele não vê chegar a floração,
prefere vegetar na secura do ermo,
em região salobra e desabitada.
7Bendito o homem que confia no Senhor,
cuja esperança é o Senhor;
8é como a árvore
plantada junto às águas,
que estende as raízes em busca de umidade,
por isso não teme a chegada do calor:
sua folhagem mantém-se verde,
não sofre míngua em tempo de seca
e nunca deixa de dar frutos.
9Em tudo é enganador o coração,
e isto é incurável;
quem poderá conhecê-lo?
10Eu sou o Senhor,
que perscruto o coração e provo os sentimentos,
que dou a cada qual conforme o seu proceder
e conforme o fruto de suas obras.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 1,1-2.3.4.6 (R. Sl 39,5a)
R.É feliz quem a Deus se confia!
1Feliz é todo aquele que não anda*
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
e a medita, dia e noite, sem cessar. R.
3Eis que ele é semelhante a uma árvore,*
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
4Mas bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Evangelho - Lc 16,19-31
Tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males;
agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus:
19"Havia um homem rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes
e fazia festas esplêndidas todos os dias.
20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas,
estava no chão à porta do rico.
21Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico.
E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
22Quando o pobre morreu,
os anjos levaram-no para junto de Abraão.
Morreu também o rico e foi enterrado.
23Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão,
com Lázaro ao seu lado.
24Então gritou: "Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo
para me refrescar a língua,
porque sofro muito nestas chamas".
25Mas Abraão respondeu: "Filho, lembra-te
que tu recebeste teus bens durante a vida
e Lázaro, por sua vez, os males.
Agora, porém, ele encontra aqui consolo
e tu és atormentado.
26E, além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse,
não poderia passar daqui para junto de vós,
e nem os daí poderiam atravessar até nós".
27O rico insistiu: "Pai, eu te suplico,
manda Lázaro à casa do meu pai,
28porque eu tenho cinco irmãos.
Manda preveni-los, para que não venham também eles
para este lugar de tormento".
29Mas Abraão respondeu:
"Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!"
30O rico insistiu: "Não, Pai Abraão,
mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter".
31Mas Abraão lhe disse:
`Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas,
eles não acreditarão,
mesmo que alguém ressuscite dos mortos"."
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 16, 19-31
O tempo santo da quaresma é tempo de conversão. Quando falamos de conversão, precisamos pensar antes de tudo nas suas motivações, pois delas depende a sua perseverança. O Evangelho de hoje nos mostra um dos principais elementos que devemos levar em consideração no que diz respeito à motivação para a conversão que é a questão dos valores. Para o homem rico, os valores fundamentais eram a quantidade de bens materiais e os prazeres do mundo. De nada lhe adiantaram Moisés e os Profetas porque, como não havia comunhão de valores, estes se tornaram discursos vazios e a religião foi reduzida a ritualismos. Nesta quaresma, precisamos assumir como próprios de todos nós os valores do Evangelho para que de fato nos convertamos.
quarta-feira, 23 de março de 2011
LITURGIA DIÁRIA
Leituras Relacionadas ao dia 23/03/2011 - CNBB
Roxo. 4ª-feira da 2ª Semana Quaresma
1ª Leitura - Jr 18,18-20
Vinde, ataquemo-lo.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 18,18-20
Naqueles dias:
18Disseram eles:
"Vinde para conspirarmos juntos contra Jeremias;
um sacerdote não deixará morrer a lei;
nem um sábio, o conselho; nem um profeta, a palavra.
Vinde para o atacarmos com a língua,
e não vamos prestar atenção a todas as suas palavras."
19Atende-me, Senhor,
ouve o que dizem meus adversários.
20Acaso pode-se retribuir o bem com o mal?
Pois eles cavaram uma cova para mim.
Lembra-te de que fui à tua presença,
para interceder por eles
e tentar afastar deles a tua ira.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 30,5-6.14.15-16 (R. 17b)
R. Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
5Retirai-me desta rede traiçoeira, *
porque sois o meu refúgio protetor!
6Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!R.
14Ao redor, todas as coisas me apavoram; *
ouço muitos cochichando contra mim;
todos juntos se reúnem, conspirando *
e pensando como vão tirar-me a vida.R.
15A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, *
e afirmo que só vós sois o meu Deus!
16Eu entrego em vossas mãos o meu destino; *
libertai-me do inimigo e do opressor!R.
Evangelho - Mt 20,17-28
Eles o condenarão à morte.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 20,17-28
Naquele tempo:
17Enquanto Jesus subia para Jerusalém,
ele tomou os doze discípulos à parte
e, durante a caminhada, disse-lhes:
18"Eis que estamos subindo para Jerusalém,
e o Filho do Homem será entregue
aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei.
Eles o condenarão à morte,
19e o entregarão aos pagãos para zombarem dele,
para flagelá-lo e crucificá-lo.
Mas no terceiro dia ressuscitará."
20A mãe dos filhos de Zebedeu
aproximou-se de Jesus com seus filhos
e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido.
21Jesus perguntou: "O que tu queres?"
Ela respondeu: "Manda que estes meus dois filhos
se sentem, no teu Reino,
um à tua direita e outro à tua esquerda."
22Jesus, então, respondeu-lhes:
"Não sabeis o que estais pedindo.
Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?"
Eles responderam: "Podemos."
23Então Jesus lhes disse:
"De fato, vós bebereis do meu cálice,
mas não depende de mim
conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda.
Meu Pai é quem dará esses lugares
àqueles para os quais ele os preparou."
24Quando os outros dez discípulos ouviram isso,
ficaram irritados contra os dois irmóos.
25Jesus, porém, chamou-os, e disse:
"Vós sabeis que os chefes das nações
têm poder sobre elas e os grandes as oprimem.
26Entre vós não deverá ser assim.
Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor;
27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida
como resgate em favor de muitos."
Palavra da Salvação.
Reflexão - Mt 20, 17-28
Nós todos, que nos dizemos discípulos e discípulas de Jesus, não podemos deixar os critérios do Evangelho para viver segundo os critérios do mundo. No mundo, autoridade significa ocasião para a tirania, a opressão e a busca da satisfação dos próprios interesses, sejam de quais naturezas forem. O próprio Jesus nos fala que entre nós não deve ser assim. Ele é o modelo de autoridade para todos nós, pois sendo verdadeiro Deus, o Senhor de tudo, se fez servidor dos homens e despojou-se de tudo, desde a sua condição divina até a sua vida humana, para nos resgatar e nos fazer participantes da vida divina
sexta-feira, 18 de março de 2011
ABERTURA DA CF/2011 NA ARQUIDIOCESE DE SÃO LUIS
LITURGIA DIÁRIA
Leituras Relacionadas ao dia 17/03/2011 - CNBB
Roxo. 5ª-feira da 1ª Semana Quaresma
1ª Leitura - Est 4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh
Não tenho outro defensor fora de ti, Senhor.
Leitura do Livro de Ester 4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh
Salmo - Sl 137, 1-2a. 2bc-3. 7c-8 (R. 3a)
R. Naquele dia em que gritei,
vós me escutastes, ó Senhor!.
Evangelho - Mt 7,7-12
Todo aquele que pede, recebe.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,7-12
Reflexão - Mt 7, 7-22
A oração deve sempre estar vinculada com a prática da vontade do Pai. A nossa oração será ouvida e Deus nos concederá o bem que desejamos somente quando formos capazes de realizar o bem para com os nossos irmãos e irmãs. Sendo assim, Deus somente realizará por nós aquilo que nós queremos que ele nos faça quando formos capazes de realizarmos pelos nossos irmãos e irmãs aquilo que eles esperam de nós, pois estaremos com isso cumprindo a vontade de Deus e ele, como recompensa, cumprirá a nossa vontade.
Leituras Relacionadas ao dia 18/03/2011 - CNBB
Roxo. 6ª-feira da 1ª Semana Quaresma
1ª Leitura - Ez 18,21-28
Será que eu tenho prazer na morte do ímpio?
Não desejo, antes, que mude de conduta e viva?
Leitura da Profecia de Ezequiel 18,21-28
Salmo - Sl 129, 1-2. 3-4. 5-6. 7-8 (R. 3)
R. Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Evangelho - Mt 5,20-26
Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,20-26
Reflexão - Mt 5, 20-26
Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Reflexão sobre a Quaresma - 2ª parte
As leituras bíblicas da Quaresma
1. Visão de conjunto.
Desde o primeiro momento é bom assinalar o fato de que neste tempo a temática dos diversos sistemas de leituras é muito mais variada que nos outros ciclos litúrgicos. Embora todos os lecionários deste tempo tenham uma cortina de fundo comum, a renovação da vida cristã pela conversão, esta temática se presente desde ópticas muito diversas, cada uma das quais tem seus matizes próprios e distintos. Se esta diversidade de enfoques se esquecer, se se unificar e reduz o conjunto a uma temática única, muitas das leituras litúrgicas passarão, virtualmente, desapercebidas; fenômeno este que infelizmente ocorre mais de uma vez.
Devemos, pois, sublinhar em primeiro lugar que a característica principal das leituras de Quaresma não estriba tanto na “novidade” de umas leituras que se vão descobrindo graças aos lecionários conciliares, quanto na abundância de linhas concomitantes que é preciso unir espiritualmente, de modo que cada uma delas contribua sua contribuição à renovação quaresmal de quem usa os citados lecionários.
A atitude fundamental frente às leituras quaresmais deve ser, sobre tudo, a de uma escuta repousada e penetrante que ajude a que o espírito se vá impregnando progressivamente dos critérios da fé, há vezes suficientemente conhecidos, mas não suficientemente interiorizados e feitos vida.
Não se trata de “meditações” mais ou menos intelectualizantes, como de uma contemplação “gozosa”do Plano de Deus sobre a pessoa humana e sua história, e de uma escuta atenta frente ao chamado de Deus a uma conversão que nos leve a paz e à felicidade.
No conjunto dos Lecionários quaresmais emergem com facilidade algumas linhas de força nas que deve centrar a conversão quaresmal. Esta conversão esta muito longe de limitar-se a um mero melhoramento moral. É mas bem uma conversão radical a Cristo, o Homem novo, para existir nele (ver Col 2,7).
Está linhas de força são as seguintes:
A. A meditação na história da salvação: realizada Por Deus-Amor em favor da pessoa humana criada a sua imagem e semelhança. Devemos “nos converter” de uma vida egocêntrica, onde o ser humano vive encerrado em sua mentira existencial, a uma vida de comunhão com o Senhor, o Caminho, a Verdade e a Vida, que nos leva a Pai no Espírito Santo.
B. A vivência do mistério pascal como culminação desta história Santa: devemos “nos converter”da visão de um Deus comum a todo ser humano, à visão do Deus vivo e verdadeiro que se revelou plenamente em seu único Filho, Cristo Jesus e em sua vitória pascal presente nos sacramentos de sua Igreja: “Tanto amou Deus ao mundo que deu a seu Filho único, para que tudo o que nele crer não pereça, mas sim tenha vida eterna”(Jo 3,16).
C. O combate espiritual, que exige a cooperação ativa com a graça em ordem a morrer ao homem velho e ao próprio pecado para dar passo à realidade do homem novo em Cristo. Em outras palavras, a luta pela santidade, exigência que recebemos no santo Batismo.
Estas três linhas devem propor-se todas em simultâneo. A primeira linha de força –a meditação da História da Salvação- temo-la principalmente nas leituras do Antigo Testamento dos domingos e nas leituras da Vigília Pascal. A segunda –a vivência do mistério pascal como culminação da história Santa-, nos evangelhos dos domingos III, IV e V (os sacramentais pascais) e, pelo menos em certa maneira, nos evangelhos feriais a partir da segunda-feira da semana IV (oposição de Jesus ao mal –“os judeus”- que termina com a vitória pascal de Jesus sobre a morte, mal supremo). A terceira linha –o combate espiritual, a vida em Cristo, a vida virtuosa e Santa- aparece particularmente nas leituras apostólicas dos domingos e no conjunto das leituras feriais da missa das três primeiras semanas.
Vale a pena sublinhar que as três linhas de força de que vamos falando se acham, com maior ou menor intensidade, ao alcance de todos os fiéis: dos que só participam da missa dominical aos que tomam parte além na eucaristia dos dias feriais. Com intensidades diversas mas com um conteúdo fundamentalmente idêntico, todos os fiéis bebem, através da liturgia quaresmal, em uma fonte que lhes convida à conversão sob todos seus aspectos.
2. Missas dominicais.
As leituras dominicais de Quaresma têm uma organização unitária, que terá que ter presente na pregação.
As leituras do Antigo Testamento seguem sua própria linha, que não tem uma relação direta com os evangelhos, como o resto do ano. Uma linha importante para compreender a História da Salvação.
Os Evangelhos seguem também uma temática organizada e própria.
E as leituras que se fazem em segundo lugar, as apostólicas, estão pensadas como complementares das anteriores.
A. A primeira leitura tem neste tempo de Quaresma uma intenção clara: apresentar os grandes temas da História da Salvação, para preparar o grande acontecimento da Páscoa do Senhor:
- A criação e origem do mundo (primeiro domingo).
- Abraão, pai dos fiéis (segundo domingo).
- O Êxodo e Moisés (terceiro domingo).
- A história de Israel, centrada sobre tudo em Davi (quarto domingo).
- Os profetas e sua mensagem (quinto domingo).
- O Servo de Yahvé (domingo de Ramos).
Estas etapas se proclamam de modo mais direto no Ciclo A, em seus momentos culminantes.
No Ciclo B se centram sobre tudo no tema da Aliança (com o Noé, com o Abraão, com Israel, o exílio, o novo louvor anunciado por Jeremias).
No Ciclo C, as mesmas etapas se vêem mas bem do prisma do culto (oferendas de primícias, celebração da Páscoa, etc.).
No sexto domingo, ou domingo de Ramos na Paixão do Senhor, invariavelmente se proclama o canto do Servo de Yahvé, por Isaías.
Estas etapas representam uma volta à fonte: a história das atuações salvíficas de Deus, que preparam o acontecimento central: o mistério Pascal do Senhor Jesus. Na pregação terá que levar em conta esta progressão, para não perder de vista o caminho para a Páscoa.
B. A leitura Evangélica tem também sua coerência independente ao longo das seis semanas:
- primeiro domingo: o tema das tentações de Jesus no deserto, lidas em cada ciclo segundo seu evangelista; o tema dos quarenta dias, o tema do combate espiritual.
- segundo domingo: a Transfiguração, lida também em cada ciclo segundo o próprio evangelista; de novo o tema dos quarenta dias (Moisés, Elias, Cristo) e a preparação pascal; a luta e a tentação levam a vida.
- terceiro domingo, quarto e quinto: apresentação dos temas catequéticos da iniciação cristã: a água, a luz, a vida.
No Ciclo A: os grandes temas batismais de São João: a samaritana (água), o cego (luz), Lázaro (vida).
No Ciclo B: tema paralelos, também de São João: o Templo, a serpente e Jesus Servo.
No Ciclo C: temas de conversão e misericórdia: iniciação a outro Sacramento quaresmal-pascal: a Penitência.
Sexto domingo: a Paixão de Jesus, cada ano segundo seu evangelista (reservando a Paixão de São João para a Sexta-feira Santa).
O pregador deve levar em conta esta unidade e ajudar a que a comunidade vá desentranhando os diversos aspectos de sua marcha para a Páscoa, não ficando, por exemplo no tema da tentação ou da penitência, mas sim entrando também aos temas batismais: Cristo e sua Páscoa são para nós a chave da água viva, da luz verdadeira e da nova vida.
C. A segunda leitura está pensada como complemento dos grandes temas da História da Salvação e da preparação evangélica à Páscoa. Temas espirituais, relativos ao processo de fé e conversão e a concretização moral dos temas quaresmais: a fé, a esperança, o amor, a vida espiritual, filhos da luz, etc.
3. Missas feriais.
Este grupo de leituras tem grande influencia na vida espiritual daqueles cristãos que acostumam a participar ativamente na eucaristia diária. É bom assinalar que o lecionário ferial de Quaresma foi construindo-se ao longo de vários séculos e antes da reforma conciliar sempre foi o mais rico de todo o ano litúrgico. A reforma litúrgica o respeitou por sua antiga tradição e riqueza. Ao haver-se construído com os séculos, sua temática é bastante variada e muito longínqua, portanto, pelo que é uma leitura contínua ou um plano concebido de conjunto, que são as formas às que nos tem acostumados os lecionários saídos da reforma conciliar.
O atual lecionário ferial da missa divide a Quaresma em duas partes: por um lado, temos os dias que vão desde Quarta-feira de Cinzas até sábado da III semana; e por outro, as feiras que discorrem desde segunda-feira de IV semana até o começo do Tríduo Pascal.
1. Na primeira parte da Quaresma (Quarta-feira de Cinzas até na sábado de III semana), as leituras vão apresentando, positivamente, as atitudes fundamentais do viver cristão e, negativamente, a reforma dos defeitos que obscurecem nosso seguimento de Jesus.
Nestas feiras, ambas as leituras revistam ter unidade temática bastante marcada, que insiste em temas como a conversão, o sentido do tempo quaresmal, o amor ao próximo, a oração, a intercessão da Igreja pelos pecadores, o exame de conscientiza, etc.
Nas origens da organização da Quaresma, só havia missa (além disso do Domingo), os dias quarta-feira e sexta-feira. Por este motivo o lecionário de Quaresma privilegia as leituras destes dois dias com leituras de maior importância que as das restantes feiras. Tais leituras costumam ser relativas à paixão e à conversão.
2. Na segunda parte da Quaresma, (a partir da Segunda-feira da IV semana até o Tríduo Pascal), o lecionário mudar de perspectiva: oferece-se uma leitura contínua do evangelho segundo São João, escolhendo sobre tudo os fragmentos nos que se propõe a oposição crescente entre Jesus e os “judeus”.
Esta meditação do Senhor enfrentando-se com o mal, personalizado por São João nos “judeus”, está chamada a fortalecer a luta quaresmal não só em uma linha ascética, mas também principalmente no contexto da comunhão com Cristo, o único vencedor absoluto do mal.
Nestas feiras, as leituras não estão tão ligadas tematicamente uma em relação à outra, mas sim apresentam, de maneira independente, por um lado a figura do Servo do Senhor ou de outro personagem (Jeremias especialmente), que deve ser como imagem e profecia do Salvador crucificado; e, por outro, o desenvolvimento da trama que culminará na morte e vitória de Cristo.
Finalmente é bom indicar que a partir da segunda-feira da semana IV aparece um tema possivelmente não muito conhecido: o conjunto dinâmico que, partindo das “obras” e “palavras” do Senhor Jesus, chega até o acontecimento de sua “hora”. Para não poucos pode ser aconselhável fazer um esforço de meditação continuada nestes evangelhos em sua trama progressiva. Este tema pode resultar muito enriquecedor. Embora se conheçam às vezes os textos, poucas vezes se descoberto o significado dinâmico que une o conjunto destas leituras, conjunto que desemboca na “hora”de Jesus, quer dizer em sua glorificação através da morte que celebramos no Tríduo pascal.
Fonte:Da agência ACI Digital
sábado, 12 de março de 2011
Liturgia Diária
Leituras Relacionadas ao dia 12/03/2011 - CNBB
Roxo. Sábado depois das Cinzas Quaresma
1ª Leitura - Is 58,9b-14
Se acolheres de coração aberto o indigente,
nascerá das trevas a tua luz.
Leitura do Livro do Profeta Isaías 58,9b-14
Salmo - Sl 85, 1-2. 3-4. 5-6 (R. 11a)
R. Ensinai-me os vossos caminhos
e na vossa verdade andarei.
Evangelho - Lc 5,27-32
Eu não vim chamar os justos,
mas os pecadores para a conversão.
Reflexão - Lc 5, 27-32
Nós queremos afastar os pecadores da Igreja e isso é o maior erro que podemos cometer. Jesus acolhia todos os pecadores e pecadoras e comia com eles, sendo que muitas vezes como, por exemplo, no evangelho de hoje, os chamava para ser seus seguidores, e até mesmo apóstolos. A nossa prática, no entanto, está na maioria das vezes fundamentada na discriminação das pessoas por causa de determinados tipos de pecado, e isso faz com que sejamos iguais aos fariseus do tempo de Jesus, que discriminavam os pecadores, os expulsavam do Templo e consideravam impuras todas as pessoas que se relacionavam com eles. Devemos acabar com o farisaísmo que muitas vezes marca a Igreja na discriminação dos pecadores e termos a atitude da acolhida que Jesus tinha.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Notícia: Papa envia carta a CNBB sobre a CF-2011
O papa Bento XVI enviou ao presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, uma mensagem cumprimentando a Igreja no Brasil pela Campanha da Fraternidade, aberta na Quarta-feira de Cinzas.
Leia a íntegra da mensagem.
Ao venerado irmão,
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana (MG) e Presidente da CNBB
É com viva satisfação que venho unir-me, uma vez mais, a toda Igreja no Brasil que se propõe percorrer o itinerário penitencial da quaresma, em preparação para a Páscoa do Senhor Jesus, no qual se insere a Campanha da Fraternidade cujo tema neste ano é: “Fraternidade e vida no Planeta”, pedindo a mudança de mentalidade e atitudes para a salvaguarda da criação.
Pensando no lema da referida Campanha, “a criação geme em dores de parto”, que faz eco às palavras de São Paulo na sua Carta aos Romanos (8,22), podemos incluir entre os motivos de tais gemidos o dano provocado na criação pelo egoísmo humano. Contudo, é igualmente verdadeiro que a “criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8,19). Assim como o pecado destrói a criação, esta é também restaurada quando se fazem presentes “os filhos de Deus”, cuidando do mundo para que Deus seja tudo em todos (cf. 1Co 15,28).
O primeiro passo para uma reta relação com o mundo que nos circunda é justamente o reconhecimento, da parte do homem, da sua condição de criatura: o homem não é Deus, mas Sua imagem; por isso, ele deve procurar tornar-se mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana há uma certa epifania de Deus. “Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas” (Bento XVI, Homilia na Solenidade da Santíssima Mãe de Deus, 1/1/2010). O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e aquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a “ecologia humana” (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51). Ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perdem tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente.
Recordando que o dever de cuidar do meio-ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai, e uma grande herança Deus confiou aos brasileiros, de bom grado envio-lhes uma propiciadora bênção apostólica.
Vaticano, 16 de fevereiro de 2011
Bento XVI
Leia a íntegra da mensagem.
Ao venerado irmão,
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana (MG) e Presidente da CNBB
É com viva satisfação que venho unir-me, uma vez mais, a toda Igreja no Brasil que se propõe percorrer o itinerário penitencial da quaresma, em preparação para a Páscoa do Senhor Jesus, no qual se insere a Campanha da Fraternidade cujo tema neste ano é: “Fraternidade e vida no Planeta”, pedindo a mudança de mentalidade e atitudes para a salvaguarda da criação.
Pensando no lema da referida Campanha, “a criação geme em dores de parto”, que faz eco às palavras de São Paulo na sua Carta aos Romanos (8,22), podemos incluir entre os motivos de tais gemidos o dano provocado na criação pelo egoísmo humano. Contudo, é igualmente verdadeiro que a “criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8,19). Assim como o pecado destrói a criação, esta é também restaurada quando se fazem presentes “os filhos de Deus”, cuidando do mundo para que Deus seja tudo em todos (cf. 1Co 15,28).
O primeiro passo para uma reta relação com o mundo que nos circunda é justamente o reconhecimento, da parte do homem, da sua condição de criatura: o homem não é Deus, mas Sua imagem; por isso, ele deve procurar tornar-se mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana há uma certa epifania de Deus. “Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas” (Bento XVI, Homilia na Solenidade da Santíssima Mãe de Deus, 1/1/2010). O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e aquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a “ecologia humana” (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51). Ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perdem tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente.
Recordando que o dever de cuidar do meio-ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai, e uma grande herança Deus confiou aos brasileiros, de bom grado envio-lhes uma propiciadora bênção apostólica.
Vaticano, 16 de fevereiro de 2011
Bento XVI
Quarta-feira de Cinzas
Com a imposição das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.
Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.
Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência" …
Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.
Tradição
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.
Quaresma: tempo de conversão
A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esfoço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.
40 dias
A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.
A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.
O Tempo de Quaresma
1. Um tempo com características próprias.
A Quaresma é o tempo que precede e dispõe à celebração da Páscoa. Tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de preparação e de memória do Batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos, de recurso mais freqüente às “armas da penitência cristã”: a oração, o jejum e a esmola (ver MT 6,1-6.16-18).
De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.
A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.
A Quaresma é um dos quatro tempos fortes do ano litúrgico e isso deve ver-se refletido com intensidade em cada um dos detalhes de sua celebração. Quanto mais forem acentuadas suas particularidades, mais frutuosamente poderemos viver toda sua riqueza espiritual.
Portanto é preciso se esforçar, entre outras coisas:
- Para que se capte que neste tempo são distintos tanto o enfoque das leituras bíblicas (na Santa missa praticamente não há leitura contínua), como o dos textos eucológicos (próprios e determinados quase sempre de modo obrigatório para cada uma das celebrações).
- Para que os cantos, sejam totalmente distintos dos habituais e reflitam a espiritualidade penitencial, própria deste tempo.
- Por obter uma ambientação sóbria e austera que reflita o caráter de penitencia da Quaresma.
2. Sentido da Quaresma.
O primeiro que devemos dizer ao respeito é que a finalidade da Quaresma é ser um tempo de preparação à Páscoa. Por isso se está acostumado a definir à Quaresma, “como caminho para a Páscoa”. A Quaresma não é portanto um tempo fechado em si mesmo, ou um tempo “forte” ou importante em si mesmo.
É mas bem um tempo de preparação, e um tempo “forte”, assim que prepara para um tempo “mais forte” ainda, que é a Páscoa. O tempo de Quaresma como preparação à Páscoa se apóia em dois pilares: por uma parte, a contemplação da Páscoa de Jesus; e por outra parte, a participação pessoal na Páscoa do Senhor através da penitência e da celebração ou preparação dos sacramentos pascais –batismo, confirmação, reconciliação, eucaristia-, com os que incorporamos nossa vida à Páscoa do Senhor Jesus.
nos incorporar ao “mistério pascal” de Cristo supõe participar do mistério de sua morte e ressurreição. Não esqueçamos que o Batismo nos configura com a morte e ressurreição do Senhor. A Quaresma procura que essa dinâmica batismal (morte para a vida) seja vivida mais profundamente. trata-se então de morrer a nosso pecado para ressuscitar com Cristo à verdadeira vida: “Eu lhes asseguro que se o grão de trigo…morre dará fruto” (Jo 20,24).
A estes dois aspectos terá que acrescentar finalmente outro matiz mais eclesiástico: a Quaresma é tempo apropriado para cuidar a catequese e oração das crianças e jovens que se preparam à confirmação e à primeira comunhão; e para que toda a Igreja ore pela conversão dos pecadores.
3. Estruturas do tempo de Quaresma.
Para poder viver adequadamente a Quaresma é necessário esclarecer os diversos planos ou estruturas em que se move este tempo.
Em primeiro lugar, é preciso distinguir a “Quaresma dominical”, com seu dinamismo próprio e independente, da “Quaresma das feiras”.
A. A “Quaresma dominical”.
Nela se distinguem diversos blocos de leituras. Além disso o conjunto dos cinco primeiros domingos, que formam como uma unidade, contrapõem-se ao último domingo –Domingo de Ramos na Paixão do Senhor-, que forma mas bem um todo com as feiras da Semana Santa, e inclusive com o Tríduo Pascal.
B. A “Quaresma ferial”.
Cabe também assinalar nela dois blocos distintos:
- O das Feiras das quatro primeiras semanas, centradas sobre tudo na conversão e a penitência.
- E o das duas últimas semanas, no que, a ditos temas, sobrepõe-se, a contemplação da Paixão do Senhor, a qual se fará ainda mais intensa na Semana Santa.
Ao organizar, pois, as celebrações feriais, terá que distinguir estas duas etapas, sublinhando na primeira os aspectos de conversão (as orações, os prefácios, as preces e os cantos da missa ajudarão a isso).
E, a partir da segunda-feira da V Semana, mudando um pouco o matiz, quer dizer, centrando mais a atenção na cruz e na morte do Senhor (sobre tudo as orações da missa e o prefácio I da Paixão do Senhor, tomam este novo matiz).
No fundo, há aqui uma visão teologicamente muito interessante: a conversão pessoal, que consiste no passado do pecado à graça (santidade), incorpora-se com um “crescendo” cada vez mais intenso, à Páscoa do Senhor: é só na pessoa do Senhor Jesus, nossa cabeça, onde a Igreja, seu corpo místico, passa da morte à vida.
Digamos finalmente que seria muito bom sublinhar com maior intensidade as feiras da última semana de Quaresma –a Semana Santa- nas que a contemplação da cruz do Senhor se faz quase exclusivamente (Prefácio II da Paixão do Senhor). Para isso, seria muito conveniente que, nesta última semana ficassem alguns sinais extraordinários que recalcassem a importância destes últimos dias. Embora as rubricas assinalam alguns destes sinais, como por exemplo o fato que estes dias não se permite nenhuma celebração alheia (nem que se trate de solenidades); a estes sinais terá que somar alguns de mais fácil compreensão para os fiéis, para evidenciar assim o caráter de suma importância que têm estes dias: por exemplo o canto da aclamação do evangelho; a bênção solene diária ao final da missa (bênções solenes, formulário “Paixão do Senhor”); uso de vestimentas roxas mais vistosas, etc.
4. O lugar da celebração.
Deve-se procurar a maior austeridade possível, tanto para o altar, o presbitério, e outros lugares e elementos celebrativos. Unicamente se deve conservar o que for necessário para que o lugar seja acolhedor e ordenado. A austeridade dos elementos com que se apresenta nestes dias a igreja (o templo), contraposta à maneira festiva com que se celebrará a Páscoa e o tempo pascal, ajudará a captar o sentido de passagem” (páscoa = passagem) que têm as celebrações deste ciclo.
Durante a Quaresma há que suprimir as flores (as que podem ser substituídas por plantas ornamentais), os tapetes não necessários, a música instrumental, a não ser que seja de tudo imprescindível para um bom canto. Uma prática que em algumas Igrejas poderia ser expressiva é a de cobrir o altar, fora da celebração eucarística, com um pano de tecido roxo.
Finalmente é preciso lembrar que a mesma austeridade em flores e adornos deve também aplicar-se ao lugar da reserva eucarística e à bênção com o Santíssimo, pois deve haver uma grande coerência entre o culto que se dá ao Santíssimo e a celebração da missa. La mesma coerência deve manifestar-se entre a liturgia e as expressões da piedade popular. Assim, pois, tampouco cabem elementos festivos, durante os dias quaresmais e de Semana Santa, nem no altar da reserva nem na exposição do Santíssimo.
5. Solenidades, festas e memórias durante a Quaresma.
Outro ponto que deve cuidar-se é o das maneiras de celebrar as festas do Santoral durante a Quaresma. O fator fundamental consiste em procurar que a Quaresma não fique obscurecida por celebrações alheias à mesma. Precisamente para obter este fim, o Calendário romano procurou afastar deste tempo as celebrações dos Santos.
De fato durante todo o longo período quaresmal, só se celebram um máximo de quatro festividades (além de alguma solenidade ou festa dos calendários particulares): São Cirilo e São Metódio (14 de fevereiro); a Cátedra de São Pedro (22 de fevereiro); São José, casto esposo da Virgem Maria (19 de março) e a Anunciação do Senhor (25 de março). Em todo caso na maneira de celebrar estas festas não deverá dar a impressão de que se “interrompe a Quaresma”, mas sim terá que inscrever estas festas na espiritualidade e a dinâmica deste tempo litúrgico.
Com respeito à memória dos Santos, terá que recordar que durante a Quaresma todas elas são livres e se se celebrarem, deve-se fazer com ornamentos roxos, e do modo como indicam as normas litúrgicas
(fonte: Da agência ACI Digital)
Leituras Relacionadas ao dia 10/03/2011 - CNBB
Roxo. Quinta-feira depois das Cinzas Quaresma
1ª Leitura - Dt 30,15-20
Hoje te proponho a vida e a felicidade. (Dt 11,26)
Leitura do Livro do Deuteronômio 30,15-20
Salmo - Sl 1, 1-2. 3. 4.6 (R. Sl 39,5a)
R. É feliz quem a Deus se confia!
Evangelho - Lc 9,22-25
Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 9,22-25
Reflexão - Lc 9, 22-25
O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que vive como o próprio Jesus e faz dele o modelo de sua vida. Jesus nunca viveu para si, mas sempre viveu para o Pai e para os seus irmãos e irmãs, fazendo do seu dia a dia um serviço a Deus e ao próximo. A exemplo de Jesus, nós devemos passar por esse mundo não para buscar a satisfação dos nossos interesses e necessidades, mas para deixar de lado tudo o que nos impede de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que precisam de nós, da nossa presença e do nosso serviço, e que também nos impede de ir ao encontro do próprio Deus para vivermos com ele a sua vida.
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quinta-feira, 3 de março de 2011
Campanha da Fraternidade 2011
“Contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta”.
Este é o objetivo da Campanha da Fraternidade 2011 (CF), que será aberta, em nível nacional, na Quarta-feira de Cinzas, 9 de março, na sede da CNBB.
Com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto”, a CF chama a atenção especialmente para as questões do aquecimento global e das mudanças climáticas.
Motivada pela fé
Segundo o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, é a fé que motiva a Igreja a discutir temas como o proposto pela CF-2011. “A fé nos torna específicos numa discussão como essa. A nossa fundamentação é teológica e se baseia no próprio projeto de Deus para com a criação e para com o ser humano”, explica.
Dom Dimas destacou ainda que a ecologia humana é de “suma importância” para as discussões porque trata a vida como um todo e não distingue a vida do planeta da vida dos seres humanos. “A ecologia humana é um tema fundamental trazido pelo papa João Paulo II e, depois, por Bento XVI. De acordo com o papa, o centro do universo está na pessoa humana e, muitas vezes, as políticas públicas não levam em conta esses dois pontos, principalmente as pessoas mais vulneráveis, os mais pobres”.
A partir de março, o debate do tema proposto pela Campanha ganha as paróquias, comunidades e os mais diversos espaços.“A temática é uma preocupação social da Igreja que quer despertar as pessoas para a educação ambiental porque, a partir do nosso dia-a-dia, precisamos diminuir o consumo e tomar algumas medidas que impliquem em menos gasto e mais educação para a vida do nosso planeta”, sublinhou o secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias.
De acordo com o secretário, os temas sociais apresentados pelas Campanhas da Fraternidade refletem o papel da Igreja junto à sociedade. “A Igreja toma esses temas como reflexão para servir à sociedade, porque implicam em sofrimento, dores, morte. A Igreja, imbuída da missão de evangelizar, procura levar a luz de Deus àquela situação, para que brote a vida no seio da sociedade”, disse o padre.
Objetivos e estratégias
Além do objetivo geral, CF apresenta alguns objetivos específicos como viabilizar meios para formação da consciência ambiental; promover discussões sobre a problemática; mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais. Algumas estratégias também são adotadas como mobilizar pessoas, Igrejas e a sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais; denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.
Coleta da Solidariedade
Um dos gestos concretos propostos pela CF é a Coleta da Solidariedade, que deverá ser feita em todas as dioceses do país no dia 17 de abril. Do total arrecadado, as dioceses destinam 40% para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). Os outros 60% ficam nas dioceses, formando o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), para o atendimento a projetos locais. Os recursos arrecadados na Coleta da Solidariedade são destinados prioritariamente a projetos que atendam os objetivos propostos pela CF-2011. No ano passado, os 40% enviados pelas dioceses para o FNS somaram R$ 3.807.769,55.
Fonte:www.CNBB.org.br
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